Mais de três mil empresas fecharam as portas em Mato Grosso, em 2016. Os números foram divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MT), que avaliou que o número de lojas fechadas no Estado é reflexo da crise que atingiu a economia do país.
Segundo os dados, ao todo 3.300 empresários não tiveram outra escolha a não ser fechar o negócio por falta de investimentos. Em 2015, o número foi um pouco “menos pior” totalizando 2.200 empresas fechadas dos mais diversificados segmentos.
De acordo com o economista e superintendente da Fecomércio, Evaldo Silva, os principais que não conseguiram resistir aos impactos da economia foram: supermercados, vestuário e calçados, materiais para construção e comércio automotivo.
“A economia de Mato Grosso assim como do Brasil sentiu a crise forte apesar do Estado ter características diferenciadas de grandes centros de São Paulo e Rio de Janeiro. Com relação há outras cidades, a crise demorou a aparecer por aqui por causa do agronegócio. Porém, até a linha de supermercados e farmácias que as pessoas nunca deixam de comprar faltou dinheiro. Com isso, muita gente perdeu o emprego”, disse.
Além de perder o emprego, muitos empresários perderam investimentos. O juiz Luiz Otávio Pereira Marques, da Quarta Vara Cível de Várzea Grande, por exemplo, decretou falência para a rede de mercados, Compre Mais. A decisão foi assinada depois de o juiz identificar indícios de que a empresa não vinha cumprindo o plano de recuperação junto aos credores.
Em Cuiabá, uma empresária que preferiu não se identificar também afirmou que precisou fechar três lojas de vestuário em shoppings no ano passado. Com a crise, 49 funcionárias perderam o emprego. “O alto custo dos shoppings força as lojas a terem um alto fluxo de venda. Mas, a crise fez diminuir o poder de compra da população e aumentar os tributos para se manter uma loja”, detalhou.
Superando a crise
Apesar de muita gente ter perdido o posto de trabalho e empresários se enfraquecerem com os negócios, Evaldo explica que o pior da crise já passou.
Um dos pontos listados pelo economista foi à queda da inflação e as taxas de juros. Outro ponto positivo é o que mês de abril deste ano foi melhor do que em relação ao ano de 2014, pois passou a contratar mais do que demitir. Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas do comércio varejista do país cresceram 1% em abril, na comparação com março. Segundo a pesquisa, esse é o melhor resultado para os meses de abril desde 2006, quando as vendas do comércio cresceram 1,1%.
“Esse crescimento de um por cento é considerável porque nós já vamos conseguir diminuir o total de fechamento de lojas e em consequência disso ter maior vagas de emprego. Agora, o Brasil já está sendo visto de forma diferenciada novamente pelos grupos de investidores, porque antes com a crise política e a total insegurança ninguém queria investir aqui. Já com o presidente Michel Temer (PMDB) apesar de ter sido divulgado essas últimas notícias sobre ele, os deputados e senadores votam uma série de reformas em prol do Brasil e não a favor do partido e isso acaba atraindo novos olhares que favorecem a economia”, finalizou.
Veja trechos da entrevista com Evaldo Silva, superintendente da Fecomércio-MT:
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Filipi 18/06/2017
Se existe crise ela foi criada pelos desvios da Petrobras, das obras da Copa, da SEDUC com secretário nomeado por este governador, em licitações de combustíveis e agora com a tentativa por parte de Taques e Wilson Santos de colocar mais OITOCENTOS MILHÕES na empresa que desviou TREZENTOS MILHÕES para concluir o VLT. Os servidores não podem ser responsabilizados por erros de gestão e de caráter político.
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