"Nos alimentos temos o efeito sazonal do clima, que traz pressão inflacionária até o período entre fevereiro e março. A tendência é que os preços voltem a cair", explica o economista. "O El Niño vai deixar marcas na inflação deste ano, mas o efeito tem sido menor que o esperado", acrescenta.
Conforme divulgou a FGV nesta sexta-feira pela manhã, o IPC-S desacelerou para uma variação positiva de 0,65% na segunda quadrissemana de fevereiro, após alta de 0,75% na primeira leitura do mês. No grupo Alimentação, a alta foi de 1,38%, também desacelerando em relação à primeira quadrissemana (1,74%).
Braz ainda destaca que a desaceleração do IPC-S na margem neste mês será puxada pelo grupo Educação, leitura e recreação, na esteira da dissipação dos efeitos do reajuste das mensalidades escolares. "O efeito das mensalidades vai saindo da apuração do índice e a tendência é zerar no final do mês", afirma.
Entre as pressões de alta, por outro lado, o economista cita a pressão dos combustíveis, como efeito das novas alíquotas de ICMS, que devem pressionar o grupo Transportes ao longo das próximas leituras do IPC-S. "Mas a não será capaz de inverter a desaceleração do índice", ressalta.
(Com Agência Estado)
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