Somente dois dias depois, após ser novamente questionada, é que a empresa fez as alterações.
O questionamento foi feito porque as declarações de imposto de renda de Joesley e Wesley entregues junto com os documentos das delações premiadas dos executivos informavam que ambos haviam comprado a Blessed, 50% para cada, por um total de US$ 300 milhões, em outubro do ano passado. Já teriam pago cerca de US$ 30 milhões aos antigos controladores. Mesmo sendo Wesley presidente da JBS e Joesley, do Conselho, a informação continuou sendo omitida pela empresa.
A Blessed entrou na sociedade do JBS na época da fusão com o frigorífico Bertin. Em 2014, o Estado questionou à companhia a à própria CVM quem eram os sócios da Blessed. Como a Blessed tinha, mesmo que indiretamente, mais de 5% das ações da JBS, era obrigação, segundo a lei das S/As, ter o nome de seus sócios divulgados. A JBS, no entanto, nunca tinha feito isso até então.
Naquela ocasião, informou que os sócios eram duas seguradoras com sede nas Ilhas Cayman e em Porto Rico, que tinham sócios idênticos. A Receita Federal chegou a dizer que esse tipo de estrutura era usado para esconder patrimônio. Em nota, a J&F, que controla a JBS informou que todos os atos ilícitos foram comunicados à Procuradoria-Geral da República.
(Com Agência Estado)
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