E declarou: "Não acho que tenhamos mudado a ponderação. Desde setembro enfatizamos que a função de reação passa por projeções, expectativas, balanço de risco, hiato do produto e inflação de serviços."
Guillen pontuou que a inflação de serviços teve queda esperada nos últimos meses, como contribuição da própria desinflação no índice geral. Apesar disso, frisou, o BC não mira apenas um nível para os preços dos serviços.
Ele atribuiu as elevações das projeções de inflação para 2024 e 2025 na comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom) aos preços administrados, categoria onde entram os combustíveis, além do hiato do produto. "Em 2024, teve um efeito de preços administrados. Tem alguns temas, e chamaria mais atenção para petróleo. Nossa hipótese de petróleo é que ele segue a curva futura de petróleo durante seis meses, depois 2%", afirmou.
Guillen acrescentou que, no primeiro semestre, houve surpresas positivas sobre a atividade, o que apertou o hiato do produto. Esse hiato, pontuou, ajuda a explicar a inflação. "Um hiato mais apertado é uma inflação mais elevada. Acho que teve esse efeito também de puxar a inflação", afirmou negando que tenha havido alguma mudança de parâmetros. "Se houver, vamos ser transparentes, mostrar modelo, tratamento usual", completou.
(Com Agência Estado)
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