O dólar desacelerou o ritmo de alta na parte da tarde, mas pela manhã chegou a bater em R$ 3,78, a máxima do dia, por conta cautela no mercado internacional após a divulgação de dados da economia da China que reavivaram preocupações sobre os rumos da economia mundial. Em seguida, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia global, o que alimentou o tom de cautela dos investidores.
Os economistas do Société Générale observam que a "elite empresarial global está fazendo a rota anual para Davos" em meio ao aumento destas preocupações com o PIB mundial. Por aqui, o foco é a participação da comitiva brasileira, encabeçada por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A expectativa dos estrategistas do JPMorgan é que o presidente dê o "sinal verde" para a reforma da Previdência após sua volta da Suíça. A ansiedade pelo texto final cresce, na medida em que não se conhece nada de concreto da reforma, apenas menções na imprensa, ressalta o JP. O Fórum Econômico Mundial, em Davos, começa nesta terça-feira e Bolsonaro será o primeiro presidente latino-americano a discursar na sessão inaugural.
Operadores destacam que as suspeitas de irregularidades nas movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro ficaram no radar das mesas, mas sem influência nos preços. Um dos temores é que, se as denúncias avançarem, possam começar a influenciar o cenário para o andamento da Previdência no Congresso. Por enquanto, o foco do mercado é na apresentação da proposta final, que espera que se aconteça na volta de Bolsonaro de Davos, ressalta o economista para América Latina da Continuum Economics, Pedro Tuesta, em relatório. Ele destaca que o otimismo dos investidores se reduziu nos últimos dias, justamente pela falta de uma melhor visão sobre os termos da reforma. Até que o texto apareça, ele espera que o dólar fique na casa dos R$ 3,75 para cima.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.