Na mínima, o dólar chegou a R$ 3,7002, mas não conseguiu cair abaixo deste patamar, que tem sido um nível de resistência importante nos últimos dias. Para o diretor da Wagner investimentos, José Raymundo Faria Junior, este nível pode ser considerado, no momento, uma oportunidade de compra, por isso atrai compradores e tem sido difícil rompê-lo. O último dia que o dólar fechou abaixo dessa patamar foi em 5 de fevereiro, quando terminou em R$ 3,66.
Na avaliação do sócio e gestor da Absolute Invest, Roberto Serra, o otimismo de quinta-feira prosseguiu nesta sexta, apesar de, pela manhã, o caso do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, ter incomodado as mesas, com temor de que a piora da crise pudesse comprometer a tramitação da reforma da Previdência. Com isso, o dólar bateu máximas, a R$ 3,7267. Serra ressalta que o foco das mesas de câmbio vai se voltar para a entrega do texto no Congresso, nas medidas completas da proposta e de como será a recepção inicial dos parlamentares. A melhora da percepção, destaca ele, indica que o mercado está vendo a entrada de fluxo do exterior pela frente.
Além do cenário doméstico, o cenário externo também contribuiu para retirar pressão do câmbio. O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, derivativo que protege contra calotes e é um termômetro do risco-país, seguiu em queda nesta sexta-feira, em 163 pontos. Além disso, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar perante uma cesta de moedas fortes, também bateu mínimas no final da tarde. O gestor da Rosenberg Asset, Eric Hatisuka, destaca que o DXY tem sido um sinalizador do apetite por risco, ou seja, quando sobe, ajuda a elevar a aversão ao risco. Quando cai, estimula a busca por ativos de emergentes, retirando pressão das moedas desses mercados.
(Com Agência Estado)
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