O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta modesta de 0,02%, muito próximo à estabilidade, aos 381,95 pontos. Prova das reações setoriais mistas na região é que o subíndice de óleo e gás saltou 1,16%, enquanto o de produtos domésticos escorregou 1,89%.
Resultados corporativos à parte, a praça londrina foi a mais movimentada, com repercussão nas frentes de indicadores econômicos e do Brexit.
Mais cedo, o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) revelou que as vendas no varejo do Reino Unido recuaram 1,2% de fevereiro para março, frustrando a projeção de alta de 0,8% de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Na comparação anual, houve avanço de 0,8% nas vendas do mês passado, mas a expectativa do mercado era por alta maior, de 1,5%.
No âmbito das negociações pela saída britânica da União Europeia, a Câmara dos Lordes do Reino Unido aprovou por 348 votos a 225 uma determinação de que o governo da primeira-ministra Theresa May negocie uma nova união aduaneira com o bloco. A votação evidencia as divergências em torno das condições para o Brexit mesmo dentro do Reino Unido, ampliando as dificuldades de Downing Street para chegar a um acordo com Bruxelas.
Na bolsa de Londres, o FTSE 100 teve alta de 0,16%, para os 7.328,92 pontos. A praça foi movimentada por balanços corporativos, mesmo os de outros países. A má recepção do mercado aos resultados da fabricante de cigarros americana Philip Morris no primeiro trimestre pressionou ações de competidoras listadas na London Stock Exchange, como as da British American Tobacco (-5,43%) e da Imperial Brands (-2,89%), dona da Imperial Tobacco.
Os papéis da anglo-holandesa Unilever recuaram 2,17% após as vendas do conglomerado entre janeiro e março ficarem abaixo do esperado por conta de pressões cambiais. A empresa de telecomunicações Sky, por outro lado, viu seus papéis ganharem 0,80% à luz de um salto de 22% do lucro operacional nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2018.
Em Frankfurt, o DAX 30 caiu 0,19%, para os 12.567,42 pontos, apesar da alta de 1,47% nas ações da Siemens, entre as de maior peso sobre o índice. O pregão foi desfavorável às techs listadas na praça alemã, como a Infineon (-2,10%) e a SAP (-0,94%).
O CAC 40, da bolsa de Paris, teve ganho de 0,21%, aos 5.391,64 pontos. Os preços ainda galopantes do petróleo ampararam o avanço de 1,21% dos papéis da Total, enquanto os da siderúrgica Vallourec subiram 1,40%.
Na bolsa de Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 0,11%, aos 9.868,00 pontos. Embora o Deutsche Bank espere que a Iberdrola mostre uma forte recuperação em seu balanço trimestral na próxima terça-feira, as ações da distribuidora de energia caíram 0,73%. As da tech Abengoa, por outro lado, escalaram 8,26%.
Em Milão, o FTSE MIB ganhou 0,14%, aos 23.792,04 pontos. Destaque para as altas dos papéis da Telecom Itália (+1,48%) e da petroleira ENI (+1,29%).
Já o PSI 20, da bolsa de Lisboa, subiu 0,38%, para os 5.521,90 pontos. Banco Comercial Português teve alta de 0,74%. (Com informações da Dow Jones Newswires)
(Com Agência Estado)
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