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Cuiabanália Domingo, 19 de Fevereiro de 2017, 07:30 - A | A

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Domingo, 19 de Fevereiro de 2017, 07h:30 - A | A

ARTE DE RUA

Grafiteiros cuiabanos lamentam preconceito e cobram incentivos da política

RAYANE ALVES

Quem anda atualmente pelas principais avenidas de Cuiabá percebe o grafite espalhado em espaços que antes sequer chamavam a atenção. Os mesmos muros de anos atrás agora passam a expressar, cada vez mais, sentimentos e mensagens ao cuiabano ou visitante mais atento. Mas, a ideia de pintar essas paredes e outros espaços possíveis continua marginalizada e confundida com a pichação.     

 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

andre gorayeb

André foi preso em 2013 ao pintar a Trincheira do Santa Rosa

O HiperNotícias entrevistou alguns artistas da Capital, que trabalham como o grafite e outras formas de  arte. Na avaliação deles, o grafite precisa ser visto como arte e não como um "crime público" que deixa as paredes poluídas.

 

Adão Silva, conhecido como Babu 78, é um dos grafiteiros mais conhecidos e respeitados em Cuiabá. Para ele, Mato Grosso e outros estados do Brasil precisam trabalhar políticas públicas que eduque os olhos de quem vê, pois ainda existe grande preconceito e inversão de valores.

 

Em São Paulo, por exemplo, o prefeito João Doria (PSDB), mandou cobrir todos os murais de grafiteiros da cidade e ainda prometeu punir os ‘pichadores’ com uma lei municipal. A media gerou revolta entre os artistas e estudiosos da cultura urbana.

 

Os grafiteiros defendem mais diálogo com a prefeitura para garantir espaços para possíveis obras.

 

Na avaliação de Babu 78, o artista não merece uma ‘coleira’. A arte pode ser expressa como e quando puder. Afinal, o profissional deve sempre passar o sentimento do momento.

 

“Somos daqui, mas podemos ter inspiração de fora. Não existe exclusividade. Posso andar na rua e a partir de uma conversa, olhar e expressão tirar algo que pode enfeitar a cidade”, defendeu.

 

Para Babu 78, os políticos deveriam se preocupar e investir mais na educação da inclusão da arte na cidade.

 

“A ideia dos grafiteiros é deixar a cidade mais bonita e transformar tudo em uma galeria nas ruas. Já pensou como a gente seria mais valorizado e as pessoas deixariam de ter a cultura de cultivar a cultura dos outros”, observou.

Alan Cosme/HiperNoticias

Mauricio mota

Maurício Mota prefere pedir autorização para expor suas criações nas principais avenidas da cidade

Conforme Babu, a ideia da galeria nas principais vias de acesso nas cidades seria uma forma de tornar mais acessível a arte para as pessoas, a exemplo de Cuiabá onde o grande público não tem acesso aos museus.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

Mauricio mota

Mota trabalhou a diversidade sexual em um evento cultural

O artista e grafiteiro André Gorayeb completou que além do grafite deixar a cultura espalhada nos muros também poderia ser uma forma de deixar as obras da Copa do Mundo com um olhar diferenciado. A maioria delas está inacabada e mal feita.

 

“Fazer isso não vai machucar ninguém. A cidade ficaria mais bonita. Eu já fui preso pintando nas ruas, em 2013. A polícia não chega batendo aqui em Cuiabá, mas a situação não foi nada agradável. Me senti um criminoso sendo que só estava deixando algumas paisagens na Trincheira do Santa Rosa. Não temos apoio, prefiro ser independente para sobreviver da arte em Cuiabá porque viver ainda é impossível”, falou.

 

Pela falta de incentivo e espaço Gorayeb decidiu inclusive abrir o ateliê em sua casa para divulgar suas obras. No local, ele expõe em papéis, telas e outras técnicas espalhadas para o público adquirir.

 

“Apesar de ter aberto apenas uma semana percebi boa aceitação do público. E, aqui posso tornar mais acessível sem medo todas as quartas-feiras para quem quiser adquirir”, comentou.

 

Já Mauricio Mota, que é designer gráfico, trabalha com a arte tradicional e o grafite. Ele diz que prefere pedir autorização nos órgãos responsáveis quando tem inspiração para deixar algo público.

 

“Prefiro fazer desta forma para não ter boletim de ocorrência lavrado. Acho que Cuiabá está atrasada nessa discussão e precisa dar mais visibilidade. No entanto, pedir permissão não é a cultura do grafite, porque que os artistas preferem seguir a tradição de poder pintar onde quiserem. Mas, eu não sinto essa coragem ainda. Porém morro de vontade, inclusive de imprimir minhas obras digitais e colar nas principais vias de acesso”, pontuou. 

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Janio 10/06/2018

Eu gostei da matéria queria o contato desse grafiteiro fazer um trabalho no tanque de uma moto Ano 83 meu zap65981340834

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