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Cuiabanália Sábado, 08 de Abril de 2017, 08:10 - A | A

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Sábado, 08 de Abril de 2017, 08h:10 - A | A

298 ANOS

Do ouro ao pescado: renovação do Porto resgata história e cultura de Cuiabá

MAX AGUIAR

Do Estádio Presidente Dutra ao Arsenal de Guerras. Da Avenida XV de Novembro até a Orla. Da beira do Rio Cuiabá à Prainha. Tudo isso é o bairro do Porto. O mais antigo da cidade, criado em 1721, dois anos após a chegada dos bandeirantes ao Coxipó do Ouro.

 

Durante muitos anos, o bairro do Porto passou por um processo de deterioração. Mas agora ressurge com força e potencial após a revitalização da beira do rio. Resgate que vem no momento da comemoração de 298 anos de Cuiabá, às vésperas do tricentenário. E brinda os cuiabanos com a rica história e cultura do local. 

 

 

Reprodução

fotos especiais

 

 

 

O primeiro bairro de Cuiabá

 

Nos primórdios da história da cidade, com a descoberta de ouro na Prainha, próximo da Igreja do Rosário, o Porto passou a receber muitos navios carregados com vinhos, seda, porcelanas e mantimentos para abastecer Cuiabá.

 

Reprodução

fotos especiais

 Sesc Arsenal era da Marinha do Brasil e foi instalado na época da Guerra do Paraguai

O local era o principal meio da sobrevivência da cidade, que tinha pouco mais de três mil pessoas, entre viajantes, residentes e escravos, que foram trazidos de outros estados para trabalhar na mineração.

 

O movimento na região era intenso com a chegada e a partida das monções. Por isso, ficou conhecido como porto, lugar de entrada e saída das expedições de canoas e barcos que partiam de São Paulo e duravam cerca de seis meses para chegar à capital mato-grossense, fomentando a economia local.

 

Até 1748 Cuiabá e Mato Grosso foram capitanias de São Paulo. Depois de algum tempo funcionando desta maneira, o capitão Rodrigo César de Menezes veio a região para elevar a categoria de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

 

“Ficou aqui quase um ano para sediar o governo da capitania e mais administração dos lucros da coroa e exploração da mão de obra escrava dos homens paulistas e índios”, detalhou a historiadora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Tereza Marta Borges Presotti.

 

No começo do Porto, a navegação perdurou até o começo do século XX com pelo menos 300 canoas que enfrentavam artilharias e ataques pelo Rio Cuiabá.

 

Hoje, uma das principais avenidas do bairro, a XV de Novembro, transformou-se em ponto comercial da cidade. No passado já foi residencial. Era o lugar onde a elite da cidade morava.

 

Reprodução

dutrinha

Construído em 1952, Dutrinha já foi o principal palco do futebol mato-grossense

O Arsenal de Guerra, instalado na Avenida 13 de Junho, hoje Sesc Arsenal, era parte da Marinha do Brasil e foi instalado no bairro na época de plena Guerra do Paraguai, depois foi transferido para Ladário, hoje, Mato Grosso do Sul. O prédio que foi instalado pelo exército para arsenal de guerra, atualmente  é um importante centro cultural administrado pelo Sesc. O local ao longo do tempo sofreu transformações, mas ainda mantém os traços da arquitetura original.

 

No Porto também está localizado o segundo estádio de futebol mais antigo da cidade: o Dutrinha, como é popularmente conhecido. Construído em 1952, foi o principal palco do futebol mato-grossense até a inauguração do Verdão, em 1976. Instalado entre a Rua 13 de Junho e Joaquim Murtinho, o estádio é o local de maior identificação do Mixto Esporte Clube, que ali viveu grandes momentos de sua história.

 

A característica mais marcante do "velho" Dutrinha é a proximidade da torcida com os jogadores em campo. Atualmente o lugar está interditado para reforma. Lá, cabem sete mil torcedores. E o jogo que pra sempre ficará na memória dos mais antigos foi entre Dom Bosco e Santos, com a presença de Pelé entre os jogadores.

 

O Porto de Cuiabá tem uma história que se confunde com a da história da atual capital do estado. Suas pequenas ruas estreitas serviam de passagens para os grandes senhores da época, com suas carruagens e cavalos.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

Mercado publico/porto

Museu do Rio, na Orla do Porto revitalizada pela prefeitura em 2016

Os lugares, conhecidos como becos, que durante o dia serviam comércio do bairro, a noite davam lugares para os soldados e escravos cuidarem e trabalharem, respectivamente, na chegada dos navios.

 

Com o declínio do ouro, o  bairro também se tornou um lugar de sobrevivência, que vinha do Rio. Quem não era comerciante com ponto fixo na região era pescador. Isso se perpetua até hoje, mas após 1900 o local era usado para retirada do peixe para consumo próprio e até para exportação.

 

Aos fins de semana, a beira do rio se transformava em ponto de lazer. Fotos antigas mostram que a praia era lotada de pessoas que moravam na região da Vila do Senhor Bom Jesus de Cuiabá e se divertiam aos fins de semana.

 

Resgate

 

A nova Orla do Porto conta com pista de caminhada, quiosques, mirante, banheiros e arborização natural com plantas centenárias que foram preservadas. O local é bastante frequentado diariamente. Inclusive, parte da história da cidade é contada através de matérias e fotos que estão estampadas no Casario, um minimuseu que não deixa a tradição cuiabana se perder em meio a tecnologia e evolução da cidade. 

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Jomax 08/04/2017

Além de tudo q se falou na matéria acima, é indispensável Cuiabá voltar a ser a cidade verde. Tem-se q plantar árvores na cidade, mesmo porque aqui é muito quente e é fundamental termos sombras. Toda casa, edifício, comércio, serviços e indústria tem q plantar árvores nas suas respectivas calçadas. E depois cuidar delas. Todos os bairros tem q ter no mínimo uma praça bem arborizadas. Kd as árvores das calçadas do centro de Cuiabá? As ruas de Cuiabá precisam ter árvores dos dois lados para termos verdadeiros túneis de sombra.

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