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Colunistas Terça-feira, 23 de Maio de 2017, 09:30 - A | A

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Terça-feira, 23 de Maio de 2017, 09h:30 - A | A

Mais uma dose?

ARIADNE CAMARGO

Edson Rodrigues

Taynara_Pouso

 

Acredito que tudo é energia. Lógico que essa teoria é vastamente discutida pela física quântica e, muito antes, mas em outras palavras, pelo filósofo Anaxágoras que afirmava que todas as coisas são uma mistura ordenada pelo Nous (inteligência, mente ou espírito) das sementes e em todas as coisas existem todas as sementes. Outras ciências e religiões também tratam a fundo a existência de energia e as formas como elas conduzem a nossa vida. Na China, estudam os poderes do chi;nas Filipinas, Mestre Choa Kok Sui desenvolveu a Cura Prânica levando cura e bem-estar para muitos; terreiros espalhados pelo Brasil contam com entidades que manipulam energia com fim de ajudar o próximo; o Johrei,um método de canalização de energia espiritual (luz divina) para purificação do espírito, é praticado por messiânicos em todo o mundo, para trazer uma série de benefícios; O Reike também atua pela premissa da canalização de energia vital; a Ayahuasca, pela energia contida no chá, leva muitas pessoas à cura e ao entendimento de questões pessoais e estudiosos da Fitoenergética encontram nas plantas a energia necessária para solução de problemas nos mais diversos níveis. Então, tudo é energia!

Estou muito longe de conhecer a complexidade da física quântica e mais distante ainda de compreender, em sua plenitude, filósofos consagrados por teorias maravilhosas saídas direto da observação atenta da realidade e dos fenômenos do mundo. Também pouco sei sobre as várias pesquisas científicas desenvolvidas sobre o assunto e as experiências religiosas que tive não esgotam nem de perto a infinidade de saberes trazidos pela energia da fé.

No meu pequenino lugar de mulher, mãe, professora, dona de casa, esposa, filha, amiga e seja lá qual mais seja o papel possível de se exercer neste mundão de Deus, entre as relações com as várias e muito diferentes pessoas que Ele coloca no meu caminho, percebo e verdadeiramente acredito que tudo é energia, desde o pequeno até o bem grande.

Vamos à velha questão do reclamar o do agradecer para percebermos como é que a energia, nessa rasa interpretação, funciona no cotidiano. Quando acordamos bem cedo, por obrigação, com aquele toque irritante do despertador, temos duas opções: colocar uma energia negativa, de reclamação por ter que acordar sem querer, sair da cama sem querer, ir trabalhar sem querer ou podemos fazer outra escolha, colocar energia positiva, a que leva a agradecer por ter tido aquela deliciosa noite de sono, curtir por mais 5 minutos a cama quentinha e amassada pelos nossos suaves movimentos da noite, levantar espreguiçando e dar uma conferidinha na janela pra ver como está o tempo, sentir-nos gratos porque está sol ou surpresos porque está nublado e, de quebra, se tivermos um tiquinho a mais de atenção, quem sabe ainda ouvimos um pássaro, ou vários, que se levantam cedo por prazer mesmo e cantam muito quando acordam. O dia segue de acordo com a energia que você coloca nele, de reclamação ou de gratidão.

Podemos reclamar infinitamente daquela pessoa que nos irrita com o jeito de coçar o nariz, reclamar do barulho na xícara de café, do outro que caminha arrastando os chinelos, da colega que vive reclamando, da secretária que não limpou direito a pia, do chefe que te deu ordens demais, da grosseria do motorista no trânsito, do aluno que não fez o dever de casa, da energia ruim que sentimos naquela pessoa.

Por outro lado, podemos agradecer por não estarmos em uma crise alérgica que nos obrigue a coçar o nariz tanto assim e, agradecendo, podemos também mandar uma energia de cura para pessoa, desejando que ela melhore. Podemos agradecer pelo café quente que nos desperta pela manhã e ouvir, no barulhinho da xícara do colega, a satisfação daquele momento, e o arrastar dos chinelos pode nos levar, por instantes, para casa, onde não precisamos de saltos ou sapatos apertados e podemos, displicentemente, andar de chinelos. Podemos ignorar a reclamação da colega ou mostrar a ela o que vimos de positivo naquela situação, melhoramos a nossa energia e a dela e, ao invés de reclamarmos também da pia um pouco suja, podemos simplesmente limpa-la e pronto. Se o chefe não se deu conta do quão exaustiva é a atividade que você exerce, emanar energia de amor e gratidão pode ajudar a trazer sensatez pra ele, se estiver muito difícil amar e agradecer aquele que não nos faz bem, podemos pedir então que Deus faça isso por nós, Ele é generoso e só o fato de entregar-Lhe aquela pessoa e a causa da irritação já ajuda a melhorar a qualidade da energia que envolve a relação maculada pela raiva. Ser gentil no trânsito ameniza a sensação de injustiça e irritação pela grosseria do outro e entender as razões que levaram o aluno a não entregar a lição pode ajudar a orientá-lo melhor para a próxima tarefa.

Ao emanarmos energia boa, positiva, de gratidão e amor, temos grandes chances de receber de volta esse tipo de vibração. Teve outro físico que disse isso ao definir a Lei de Ação e Reação, Newton já sabia, o que a gente precisa aprender é usar isso para além da física. Se colocamos energia de amor e gratidão nas pequenas coisas, os motivos para reclamação vão diminuindo, a vida fica mais leve, o sabor das coisas melhora.

Se assistimos aos jornais, nos deprimimos e reclamamos da situação do país, podemos ficar com os olhos turvos e alheios todas as maravilhas que acontecem à miúde no nosso dia-a-dia, desse modo, perdemos a chance de agradecer pela nova era que é possível vislumbrar e de reconhecer que, “apesar de você, amanhã há de ser outro dia”.

Se alguém se queixa de algo que fizemos, podemos reagir de forma ressentida e magoada, passamos a evitar aquela pessoa, apontando para ela alguma falha que vemos nela, ou podemos acolher amorosamente e com gratidão a crítica por nos levar a identificar as nossas falhas nos dando uma boa chance de melhorar. Quando a amiga ou a professora diz que o texto ainda não está tão bom e falta alguma coisa, podemos parar de escrever ou dedicar mais algumas horas lendo e elaborando textos melhores, que toquem outras pessoas. Se o marido diz que faltou um pouco de sal na comida, podemos parar de cozinhar, ou experimentar novos temperos.

Se aquela companheira diz que não tem mais tempo pra você ou que prefere se distanciar por um tempo por qualquer razão que seja, podemos nos ressentir com ela e azedar todos os momentos passados ou podemos agradecer por todas as alegrias que passamos juntas, todas as aventuras e todas as tristezas que pudemos partilhar para tornar mais leve o fardo. Se a irmã de fé age de um jeito que não gostamos, podemos sentir repulsa por ela e a afastarmos ou podemos agradecer por ter a chance de exercitarmos a indulgência e aprendermos a força do bem e da fé que nos ensinam os textos sagrados.

Enfim... acaba sendo sempre uma escolha a qualidade da energia que vamos colocar nas nossas experiências cotidianas. Vivenciar cada uma e sentir na pele a diferença ajuda a ver com clareza todas as vezes que podemos fazer escolhas melhores, a cada dose de energia positiva, os resultados melhoram e nos fazem querer mais e mais desse bem-estar. Claro que é um exercício e, assim como bebê que, aos poucos, firma a cabeça, os braços e as pernas para engatinhar e depois andar, nós também precisamos exercitar a benevolência e a gratidão sem cessar para não corrermos o risco de ficarmos na infância da evolução enquanto seres humanos.

 

Sou Ariadne Camargo, inquieta mulher de 33 anos, observadora das sutilezas da vida, esposa e mãe em constante construção, professora encantada com a agitação adolescente, empenhada em contribuir para o pensar e existir genuíno de jovens com quem tenho e tive o prazer de conviver e com os quais aprendo, aprendo e aprendo!

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Mirella 25/05/2017

Que sorte a minha tê-la por perto! Que sorte a nossa ter seus textos compartilhados...❤

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