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Colunistas Quarta-feira, 01 de Novembro de 2017, 10:17 - A | A

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Quarta-feira, 01 de Novembro de 2017, 10h:17 - A | A

Estranha maneira de amar

Somos dominados pela necessidade de criar máscaras, na busca incessante de aceitação

PETU ALBUQUERQUE

 

Michely_Figueiredo

 

“Se um dia fores embora te amarei bem mais do que esta hora. Me lembrarei de tudo o que eu não disse, de quando havia tudo o que existe”. Os versos de Renato Russo, que integram a canção chamada “Música Ambiente”, refletem fielmente a nossa estranha maneira de amar. Quando estamos desfrutando da companhia de quem se ama, resistimos, fazemos jogo duro e teimamos em não demonstrar da maneira mais explícita possível todo aquele sentimento que nos invade e domina.

 

É o tal jogo, que virou moda nos atuais relacionamentos. Existe a crença equivocada de que é sinal de fraqueza falar sobre seus sentimentos e intenções. E nesse esforço hercúleo de esconder o que se sente, deixa-se passar oportunidades de ouro. E quando é que se percebe que essa forma de levar a relação é fracassada? Somente quando há a separação. No rompimento, não raro, ouvimos pessoas dizendo que poderiam ter demonstrado mais, amado mais, se doado mais. A mania de colocar o Ego no comando faz com que possibilidades riquíssimas de vivência escorram entre os dedos.

 

E nessa insistência de fechar as portas do coração - com a falsa sensação de que dessa maneira somos mais fortes – não conhecemos as pessoas e muito menos aquilo de melhor que elas poderiam nos oferecer e que por consequência, ofereceríamos a elas também, se nos permitíssemos. Esse anseio de se “mostrar”, não obstante é tardio. E o outro nem sempre está disposto a dar uma segunda chance. Se fazer jogo duro cansa, suportar essa farsa também não é tarefa fácil. 

 

Somos dominados pela necessidade de criar máscaras, na busca incessante de aceitação. Embora nos comportemos desse modo e saibamos quanta energia é dispensada nesse processo, não acolhemos o outro em essência.  Ouso dizer que não acolhemos nem a nós mesmos. O nosso verdadeiro eu, com suas luzes e sombras. Resultado são as relações superficiais. A qualquer sinal de dificuldade, vira-se as costas e parte-se para outra.

 

A ideia de discutir aqui essa questão é nos permitirmos. Ame mais, demonstre mais, seja mais tolerante, compreensivo, companheiro, amigo, solidário. Aposto que os resultados serão extraordinários. E se acolha, se aceite, se ame em primeiro lugar.

 

Não deixe a oportunidade passar para só depois se dar conta do que perdeu.

 

“Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer. Queria ter aceitado as pessoas como elas são. Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.”  Fica a dica dos Titãs...

 

Petu Albuquerque está balzaquiana, psicoterapeuta reencarnacionista, mãe, esposa, tem fé na mudança, acredita que dias melhores se aproximam e está aprendendo a verdadeiramente amar, sem máscaras e joguinhos.

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