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Coluna Endireitando Quinta-feira, 02 de Fevereiro de 2017, 14:12 - A | A

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Quinta-feira, 02 de Fevereiro de 2017, 14h:12 - A | A

O agro do futuro

O fortalecimento do setor da agroindústria, através da implantação de inúmeras políticas, pode conferir essa valorização tão sonhada pelos envolvidos

LUCIANO PINTO

 

Marcos Lopes

Luciano Pinto

 

Despontamos como um dos maiores produtores de commodities do mundo. Sabemos – e isso é unanimidade – que teríamos ainda mais destaque não fosse a deficiente infraestrutura desse continental país.

 

Nesse assunto Mato Grosso pula na frente. Estamos entre os maiores produtores de gêneros agrícolas, e ainda com um grande potencial a ser explorado. Por isso, não é surpresa alguma estrangeiros estarem tão focados em um estado encravado no meio do continente sul-americano, onde, inevitavelmente, a dificuldade da retirada dos produtos é muito maior. E os planos são arrojados, a começar pela construção da chamada Ferrovia Transcontinental, assim denominada pelo simples fato de que irá cruzar toda a América do Sul, ligando o Rio de Janeiro até os portos de Peru e Chile. São as pontas dos dois oceanos mais importantes do mundo, Atlântico ao Pacífico, cortando todo o continente, inclusive (principalmente) o estado de Mato Grosso.

 

Embora esse clima otimista seja muito importante, com as produções anuais batendo recordes, é hora de começarmos a prestar mais atenção naquilo que vem depois da extração primária de produtos: a transformação dessa matéria-prima aqui dentro do nosso país.

 

É claro que isso dependerá de inúmeras análises conjunturais da economia, política, sociedade, etc. Não podemos negar, porém, que essa próxima fase é aquela que realmente oferecerá um verdadeiro crescimento econômico ao país.

 

Enquanto humanos, somos sempre tentados à progredir, melhorar e competir. Como em qualquer meio de produção, o maior desejo é agregar valor ao nosso produto. O fortalecimento do setor da agroindústria, através da implantação de inúmeras políticas, pode conferir essa valorização tão sonhada pelos envolvidos.

 

Ano passado tivemos uma novidade interessante sobre esse tema. Foi sancionada a Lei 13.288/16, que dispõe sobre os contratos de integração (também chamados de contratos de integração vertical). Essa lei, disciplina obrigações e responsabilidades entre os contratantes, e é uma primeira iniciativa para regulamentar a relação entre o produtor rural e integrador. Enquanto o produtor é aquele que produz e fornece a matéria-prima, o integrador é toda pessoa, física ou jurídica, que se vincula ao produtor, podendo fornecer bens, insumos e serviços ao produtor, e, em contrapartida, recebe matéria-prima, bens intermediários ou bens de consumo final, utilizados no processo industrial ou comercial.

 

Essa iniciativa legal pode servir como exemplo de fomento à participação de outros setores da economia na cadeia de produção do agronegócio. Outro exemplo, pode ser a participação das instituições de ensino superior ou profissionalizante, fornecendo mão-de-obra ou tecnologia inovadora à contribuir com a melhora desse processo.

 

Além disso, as políticas públicas de fomento à economia, também serão muito importantes para possibilitar investimentos a médio e longo prazo, conferindo ao investidor e empreendedor segurança nessa empreitada. O poder público também pode propiciar um ambiente de negócios convidativo, interna e externamente, principalmente, com outras nações, talvez inicialmente na América Latina, em menor escala, crescendo gradativamente, e, após, com uma certa solidez, galgar espaço em outras partes do mundo.

 

Enfim, o que tento provocar aqui é justamente pensarmos em não nos resumirmos como a pátria dos bens primários, perpetuando a imagem do Brasil como um país colônia. Embora passando por momentos difíceis (em todos os aspectos, reconheço), é possível sonharmos e planejarmos um futuro de ordem e progresso. Por que não?

 

*LUCIANO PINTO é advogado do escritório LP Advocacia. Email: [email protected]

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