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Coluna Endireitando Segunda-feira, 02 de Janeiro de 2017, 09:04 - A | A

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Segunda-feira, 02 de Janeiro de 2017, 09h:04 - A | A

2017 – A nova sinfonia municipal

Esse novo integrante,precisa afinar melhor seu instrumento, mas já está fazendo a diferença no conjunto da ópera

LUCIANO PINTO

Marcos Lopes

Luciano Pinto

 

Sem dúvida a expectativa para o ano de 2017 é enorme, principalmente para aqueles que ingressam na administração pública. Os governantes mais próximos da população tomam posse nas Prefeituras e Câmaras Municipais em um momento extremamente complexo. As dificuldades são as piores possíveis, e as campanhas eleitorais foram um aperitivo de que a chance de efetivas melhorias é minúscula.

 

A Câmara de Cuiabá, ainda em dezembro, finalizou o ano dando um péssimo exemplo. O “autoaumento” dos salários dos vereadores em um momento de tamanha dificuldade financeira não caiu nada bem. E a justificativa de que há quatro anos não havia atualização não conseguiu mudar em nada a péssima impressão que a população teve dessa medida.

 

 

Mas Newton já diria em sua terceira lei: toda ação tem uma reação. Posteriormente à essa medida dos vereadores, se iniciou um forte movimento para que os salários dos vereadores sejam sim reajustados, mas para baixo. Essa petição pública formata um projeto de lei de iniciativa popular onde os salários dos vereadores seriam igualados ao dos professores da rede municipal de ensino. 

 

 

Aliás, é cada vez mais comum o surgimento de movimentos na sociedade, cujo objetivo é uma fiscalização acirrada da atuação dos representantes no poder público. Atualmente ser um representante do povo a frente do aparelho estatal é, mais do que nunca, ser transparente, e prestar contas do que faz.

 

 

O prefeito empossado de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, vem alardeando que vai vetar o projeto de lei, em sintonia com a filosofia, que, segundo ele, vai preponderar na administração pública municipal, a austeridade. Se isso realmente ocorrer, isso lhe acarretará um desgaste político junto ao legislativo. Certamente, como um astuto político que já se mostrou ser, é provável que o prefeito tire alguma carta da manga, e amanse os vereadores com uma outra moeda de troca.

 

A população, porém, através das várias organizações em pleno vapor, estará de olho nesses passos, levando ao povo em geral, os contornos de toda essa atividade comercial da política.

 

Por isso, fica cada vez mais evidente que nesse faroeste do poder público o bom político, além de bom gestor, e bom negociador, precisa de habilidades que até então eram descartadas. Não me refiro aqui aos valores morais e éticos; estes estão implícito à qualquer pessoa. O que destaco é sim a presença marcante de um novo ator nesse jogo, a população. Os últimos anos foram ilustrativos sobre o quanto a população pode ser decisiva para o destino do poder público.

 

Então, a sinfonia municipal se inicia e já conta com um novo integrante, o povo. Esse novo integrante, é certo, precisa afinar melhor seu instrumento, mas já está fazendo a diferença no conjunto da ópera.

 

Vamos acompanhar!

 

 

*LUCIANO PINTO é advogado do escritório LP Advocacia. Email: [email protected]

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