A obra de recuperação da Ponte Professor Benedito Figueiredo, que liga os bairros Coophema e Praeirinho, só deve começar no período da seca. Conforme o secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB), a mobilização de trabalhadores no local deve acontecer em meados de abril.
Em entrevista à Rádio Capital FM, Wilson Santos informou que o prazo para o início das obras leva em consideração a segurança dos trabalhadores que farão a recuperação da ponte. “Nós não vamos colocar trabalhadores ali para correr risco de morte. Então, na hora que a água baixar e tiver segurança para trabalhar, vão entrar os trabalhadores e os equipamentos. Ali é uma obra complexa”, disse.
Ainda segundo o executivo, o atual estado da obra é uma consequência da forma com que ela foi executada. Ele atribui a culpa à gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que teria impedido que a construtora responsável fizesse corretamente o serviço.
“A princípio, a culpa foi do governo, que não autorizou outros serviços na área de segurança daquele ponto”, manifestou. “Durante a construção da obra, o governo Silval não permitiu a realização de outros serviços necessários à proteção das pilastras. A empresa que executava a obra solicitou autorização para fazer roncamento e outros serviços que pudessem garantir, e não teve autorização para fazer”, explicou.
Para tentar solucionar o problema com mais rapidez, a Secretaria de Cidades trabalha em parceria com a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), no sentido de acelerar o processo para que o reparo possa ser realizado. “A obra é da Cidade, mas estamos estudando com a Sinfra para ver se ela tem algum processo licitatório mais adiantado que a gente possa aproveitar”, disse o secretário.
O caso
Interditada há 16 dias, a ponte sobre o Rio Coxipó era uma forma de desvio de tráfego para que moradores do Coxipó evitassem o intenso trânsito da Avenida Fernando Corrêa em horários estratégicos.
Em função das fortes chuvas que caíram sobre a capital nos últimos meses, houve um desbarrancamento de parte da cabeceira da ponte, iniciado com parte do aterro que a sustenta. Os dados chegaram também as calçadas e à lateral da ponte, onde fica a base de concreto que a sustenta.
Inaugurada na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) como parte do pacote de obras para a Copa do Mundo de 2014, a obra, que inclui também toda a Avenida Engenheiro Quidauguro Fonseca, ligando o bairro à avenida Fernando Corrêa, custou, aproximadamente, R$13 milhões.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, José Pedro Zanetti, a situação no local vem sendo monitorada desde novembro do ano passado.
“Apesar da obra ser da Secopa (Secretaria Extraordinária Estadual da Copa- atualmente extinta), nós estamos monitorando a região diariamente. O problema vem desde novembro devido a enchente que acabou desviando o canal do rio e começou a comer o barranco da beirada da Ponte”, informou.
O bloqueio da ponte foi definido no dia 16 de fevereiro, após reunião entre a Defesa Civil Municipal e Estadual. “Na reunião foram apresentados dois laudos técnicos assinados por professores da UFMT e IFMT. Diante dos laudos decidimos pela interdição por tempo indeterminado”, informou Zanetti.
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