O ano de 2016 foi marcado pela primeira greve geral do Estado e uma das paralisações mais longas já realizadas pelos servidores públicos. Foram 32 categorias envolvidas no movimento paredista que durou cerca de 30 dias e 67 dias sem aulas.
Motivada pelo não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% aos funcionários do Poder Executivo, representados pelo Fórum Sindical, o movimento iniciou a paralisação no dia 31 de maio.
O valor ada RGA é calculado de acordo com a perda do poder de compra devido a inflação do ano anterior e vigora no Estado deste o ano de 2004, quando foi sancionada pelo então governador Blairo Maggi.
O governo ponderava que o pagamento da revisão impactaria no atraso dos pagamentos dos servidores sob o argumento da crise financeira que se arrasta há mais um ano país.
Porém, já no mês de setembro os funcionários passaram a receber salários escalonados, quem tinha vencimentos até R$ 3 mil recebeream no dia 30 e os demais até o 10. Já em novembro todos passaram a receber no dia 10.
Oficialmente, o Fórum declarou suspensa a greve no início do mês de julho quando a proposta encaminhada pelo Executivo Estadual foi aprovada na Assembleia Legislativa (ALMT) no dia 29 de junho.
O texto determinou o pagamento da RGA de 7,54% em três parcelas: uma em setembro de 2016 e as duas últimas nos meses de janeiro e abril de 2017. O projeto condicionou o pagamento retroativo às condições financeiras do Estado e à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita o teto de gastos com folha de pagamento até 49% da arrecadação do Estado.
Os servidores da Educação, por sua vez, além da RGA,queriam também o atendimento de outras demandas, como concursos e reajustes. A greve da classe durou 67 dias e empatou com a paralisação considerada a mais longa do Estado, ocorrida em em 2013. Foram 67 dias fora das salas de aula.
Também durante a greve geral, que contou com a participação dos Agentes Penitenciários, representado pelo Sindispen, a população cuiabana viveu momento de terror, durante um fim de semana, onde líderes do Comando Vermelho promoveram atentados contra policiais, agentes e cidadãos comuns que dependiam do transporte público para de locomover.
Irritados com a falta de visitas e as condições em que estavam por conta da greve, os membros da facção criminosa mandaram incendiar ônibus, carros e motos na capital. Cerca de 10 pessoas foram presas acusadas de integrar a “noite de terror”. Antes disso, familiares de presos já tinham feito protestos em frente a Penitenciária Central do Estado (PCE).
Além das greves, houve também os movimentos nacionais apoiados por trabalhadores de Mato Grosso contra a corrupção, contra a PEC 241 e impeachment.
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