Nesta segunda-feira (18) o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) revogou a suspensão do calendário acadêmico de 2018/1. Dessa forma, o retorno das aulas irá ocorrer para a próxima segunda-feira (25), mas os estudantes em assembleias devem decidir os seus próximos passos.
Por nota, a UFMT informou que a proposta teve 30 votos favoráveis, sete contrários e três abstenções. A reitora, professora Myrian Serra, lembrou que na semana anterior foi instituído a missão no Conselho Universitário (Consuni) para discutir a nova política de alimentação.
Em defesa do R.U a um real - UFMT
A UFMT informou que, por competência, o Consepe exerce a gestão da Universidade nos temas relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão e possui, dentre suas atribuições, caráter normativo, deliberativo e consultivo. Deste modo, caso o Conselho seja informado de um descumprimento de sua resolução, ele fará as devidas apurações e tomar as medidas cabíveis para o cumprimento da decisão votada pelos conselheiros.
A partir de agora, os estudantes de todos os campi devem se reunir para decidirem os próximos passos da greve. Até o momento o campus Araguaia, em Barra do Garças, já deliberou em assembleia geral e sair do estado de greve estudantil a partir do dia 25 de junho. Na UFMT, campus Cuiabá a assembleia geral está marcada para quarta-feira (20), às 17h30.
No dia 07 de maio, o Consepe se reuniu e decidiu suspender o calendário acadêmico retroativo a 20 de abril deste ano, devido ao movimento estudantil.
A reunião
Segundo os participantes da reunião do Consepe, o encontro foi turbulento e confuso. Informaram que a determinou que quem não era conselheiro só poderia falar ao final, mas não houve a possibilidade.
“Os estudantes tentaram implodir a reunião por causa disso e ela fez a votação mesmo assim e ficou contando os votos. Uma coisa bem ridícula”, contou uma das pessoas presentes.
O comando de greve estudantil, declarou em suas redes sociais que a reitora "atropelou" o processo democrático dos estudantes, que estão se organizando para realizar o Conselho de entidade de Base e a Assembleia Geral para finalizar o movimento grevista.
“Os estudantes começaram a greve e os estudantes que colocarão fim na greve e não a reitora. Até porque há quatro meses estamos tentado negociar para podermos voltar as aulas com nossos direitos garantidos. Ela desrespeita a democracia de forma autoritária. Não aceitamos”, declara o comando de greve estudantil da UFMT.
Manifestação
Um vídeo encaminhado ao HiperNotícias a menifestação dos alunos. De acordo com informações, uma professora conselheira pediu questão de ordem e a reitora negou afirmando estar em regime de votação.
Confira o vídeo
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