A terceira idade nos dias atuais tem mais mais espaço na sociedade. Os idosos não são mais aqueles que, em muitos casos, ficavam apenas sentados em cadeiras de balanço ou na rede contando experiências de vida para seus netos e bisnetos.
Alan Cosme/HiperNoticias
Os ‘bons velhinhos’ deixaram de repousar para ter uma idade ativa. Tanto nas questões domésticas quanto na saúde.
Sueli Paulina é um dos exemplos. Ela tem 68 anos e há dois dedica cinco dias da semana para o pilates e dança. Ao HiperNotícias, Paulina lembrou que desde quando entrou na melhor idade gostava de fazer caminhada com o esposo. Mas, após ele falecer a paixão pela rotina foi embora junto com o grande amor da sua vida.
“Passei a viver com dores. Tive todas as doenças possíveis que um idoso tem. Sem contar que minha agenda era de segunda a sexta-feira no médico. Já não aguentava mais e decidi colocar um ponto final nisso”, contou.
Além de sentir as dores durante 24 horas do dia, Sueli ainda tinha problemas de depressão por conta da perda do marido. Um dia conversando com a família foi orientada a mudar os hábitos e se enquadrar na ‘Geração Saúde’.
“Percebi que mudava ou poderia morrer. Mas, decide lutar e hoje vejo que valeu a pena. Nada de dores. Já chego em casa pensando na manhã seguinte para praticar as atividades e rever as minhas amigas”, afirmou.
Aposentada há 22 anos, Katarina Nicodemos, 70 anos, construiu amizades durante quatro anos de convivência com um grupo de oração compatilhado com as colegas da ginástica.
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“Antes era só dor e remédio. Agora temos alegria e buscamos a Deus. Nem empregada tenho mais, porque sou capaz de cuidar das minhas próprias coisas”, brincou.
Além de ter uma vida ativa, outra atividade que Katarina costuma a se dedicar é viajar. Viúva e com filhos morando longe, ela afirmou que não pensa duas vezes em fazer as malas e pegar um voo. “É umas das melhores coisas que a vida nos oferece, além de comer”, disse.
O educador físico Heber Pinho, que é mais conhecido como o personal da melhor idade, afirmou que toda atividade física ajuda a melhorar a qualidade vida. Porém, já adiantou que antes de começar sempre é bom procurar profissionais da saúde para receber autorização e não ter nenhum problema.
“Todas as alunas que dou aluna tem problemas de saúde. Mas, já passaram por exames médicos e foram liberadas”, afirmou.
As aulas são ministradas na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, sendo cada dia uma hora de aula.
Segundo o professor, a primeira parte da aula é dividida em 30 minutos com movimentais funcionais do dia a dia.
“Nós apenas ensinamos um jeito melhor como carregar uma sacola, pegar garrafa de água, arrastar cadeira. Todos esses processos ajudam no fortalecimento dos abdomens, glúteos e nas pernas”.
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Já na segunda parte é trabalhada a dança lúdica. “Dançamos músicas da época delas, porque querendo ou não quando chegam nessa idade às pessoas se sentem excluídas da sociedade. Assim é uma forma delas se sentirem mais jovens e incluídas. Idoso não é apenas fazer crochê. Tem que curtir a vida também. Até funk elas dançam e depois se exibem para as netas falando que não são somente elas que sabem dançar essas músicas. Também estão profissionais”, concluiu.
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