A Secretaria de Estado das Cidades (Secid) realizou, na manhã desta quarta-feira (05), uma audiência pública no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no Centro de Cuiabá, para discutir as propostas arquitetônicas da revitalização da região do Largo do Rosário, popularmente conhecida como Ilha da Banana.
Edson Rodrigues/HiperNotícias
De acordo com a superintendente de projetos e orçamentos da Secid, Lúcia Flávia, a ideia deste segundo encontro é ouvir a sociedade, representantes da Prefeitura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vereadores e os moradores da região para finalizar o projeto que prevê uma praça no lugar do complexo de imóveis existente hoje, que acabou virando um espaço para moradores de rua e usuários de drogas.
O projeto usado como base para apresentação foi elaborado em 2012 em virtude da obra de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Mato Grosso. A obra proposta engloba uma área de 10 mil metros quadrados, onde será construída uma área de convivência, com pontos alusivos à cultura cuiabana.
A proposta envolve cinco patamares. O primeiro é referente à linha de memória que será composta por uma área de convívio, canteiro, jardins, arquibancadas e esguichos d’água. O segundo envolve uma área com pergolado de madeira, visão para o centro histórico e arborização. A terceira permite um espaço para a comunidade católica e cuiabana de modo geral realizar festas em um pátio com 1.500 m², além de agregar restaurantes, cafés e sanitários. Já os quarto e quinto patamares agregam recreação e o mirante com espaços para parques infantis, paisagismo, pista de skate e área de ginástica.
“A gente abre um espaço para as pessoas darem opinião e dar uma visão diferente do que esperam da Cuiabá 300 anos. Tudo isso para tornar um local de convivência no local que já é uma referência histórica para a Capital”, falou.
Edson Rodrigues/HiperNotícias
O vereador Abílio Júnior (PSC) participou do debate para fiscalizar o projeto e também dar a sua contribuição enquanto arquiteto de formação. Na avaliação dele, é importante a ação da Secid porque Cuiabá não está acostumada a receber debates que visam melhorar a cidade e isso já é um ponto positivo.
Edson Rodrigues
“Gostei das plataformas de visualização. Temos uma vista incrível. O projeto é bacana, mas com alguns pontos podemos avançar ainda mais, como por exemplo, na questão de acessibilidade a portadores de deficiência. As escadas prejudicam e muito. Isso precisa receber uma atenção diferenciada para que essas pessoas também possam participar dos benefícios”, avaliou.
Já o vereador Dilemário Alencar (PROS), por sua vez, defendeu que o programna deve integrar o Morro da Luz. “O Morro da Luz é um ponto histórico e deve deixar de ser referência como ponto de uso de drogas. As pessoas precisam voltar a percorrer a área para que ela possa ser ocupada e a Polícia Militar tenha menos trabalho com relação ao registro de ocorrências de roubos e furtos na região”, defendeu.
Desocupação
A demolição de 13 dos 15 imóveis edificados na área teve início no dia 11 junho e a previsão é de que tenha duração de 30 dias úteis. Agora, faltam apenas quatro imóveis que ainda correm com ações judiciais. A previsão é que nos próximos dias dois já sejam derrubados e as obras tenham inicio no dia 11de junho e seja entrega antes do aniversário da Capital, em 2019.
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Benedito Addor 06/07/2017
Avaliando melhor o comentário do Carlos, ficou evidente que esse projeto do Largo do Rosário foi feito para alguém ganhar muito dinheiro. Como sempre não seremos nós, cuiabanos; nós receberemos uma porcaria de indenização, enquanto alguém mais esperto ficará ganhando dinheiro em cima de propriedade que era nossa. No fundo seremos uma turma de cuiabanos bobó cheira-cheira tapeados. Idiotas por deixarem os espertos passarem a perna em nós. Vamos ser expulsos, e mais tarde vamos presenciar na área frontal à Igreja do Rosário, restaurantes, cafés, e outras construções. Não adiantou Instrução Normativa do IPHAN, Declarações do IPHAN, que diziam terem os nossos imóveis proteção especial. Restaurante, café, não precisa de nada disso. Fomos tolos em acreditar que papéis do IPHAN tinham fé pública, isto é, valia o que estava escrito e assinado? NÃO valem nada? Apesar que até professores de Universidades me disseram que valem sim. Eu acredito nesses professores; só precisaria de um Defensor Público para me defender, e fazer valer tudo isso. Cadê o Defensor?
Carlos Nunes 06/07/2017
Não entendi bulhufas...patavina, disso. Quer dizer que vão demolir pra sobrar espaço pra fazer festa de São Benedito. Praticamente ceder a área pra Igreja Católica. Uai, o Estado não É LAICO? Se houver uma Praça não é da Igreja Católica...ou é? Não deveria ser de todas das religiões? Dos Evangélicos pra fazer suas manifestações, dos umbandistas, dos espíritas, dos budistas, dos seicho no ie, da cultura racional, do islamismo, enfim de todas as correntes religiosas, seja quais forem, e até dos ateus...pois todos são filhos de DEUS. Pois é, no Google, Estado LAICO significa: país ou nação com uma posição NEUTRA no campo religioso. Fica parecendo que vão fazer esse tal Largo do Rosário como um apêndice da Igreja...seria a doação de área pública, retirada de moradores antigos NA MARRA, sem choro nem vela. E o MP aceita isso? Outro dia os sites informaram que retomaram áreas de duas Igrejas Evangélicas, instaladas há muito tempo, com o pretexto de que eram áreas públicas...Outra coisa que não entendi bulhufas dessa matéria foi a parte que será construída no local restaurantes, cafés. etc. Retiram os moradores antigos, e no local constroem outros imóveis? Os proprietários legítimos recebem, segundo informações, uma miséria de indenização, enquanto outros, em cima da área deles, vão encher os bolsos?
Realista 06/07/2017
Eu quero ver pronto, mas aposto que sera igual a todas as obras de Cuiabá feito as pressa sem qualidade
Benedito Addôr 05/07/2017
Quais moradores? É bom saber. Os moradores da área frontal à Igreja do Rosário ou eles mataram, ou morreram de desgosto, ou vão ser expulsos. A moradora mais antiga, Dona Nice, morou no local mais de 60 anos, morreu com mais de 90 anos, de desgosto, sua filha me confidenciou que nunca se conformou em perder sua casa; que não atrapalhava coisa alguma a passagem do VLT. Outra moradora, Dona MARIA RITA DOS SANTOS RODRIGUES, ficou no local há mais de 40 anos, até que em outubro/2012 recebeu em casa visita do pessoal da Secopa, com aquela conversa mole de que a casa não era mais dela por causa do VLT. Encontrei-a na porta da rua, tremendo e perguntei: O que havia acontecido? Respondeu que queriam tomar sua casa, Procurei tranquilizá-la mais não adiantou, pois no dia 16/10/2012 teve um gravíssimo AVC, não aguentou a pressão psicológica. Ficou numa cama imobilizada, ligada a um Home Care até março/2015, quando veio a falecer. Depois soubemos que na época da visita em outubro/2012, que motivou o AVC, nenhuma casa na área frontal à Igreja do Rosário tinha sequer sido declarada de Utilidade Pública, para efeito de desapropriação. Foi um visita inadequada e criminosa. O Governador só tinha declarado de Utilidade Pública para efeito de desapropriação, em julho/2012, apenas o Centro Comercial Morro da Luz, por onde passará o VLT. Mas mesmo assim IPHAN e Secopa faziam Reuniões para demolir todas as casas e fazer o Largo do Rosário, por causa da pressão dos festeiros de São Benedito, que queriam mais espaço para fazer a festa. O Procurador da República, Dr. Ricardo Pael, me mostrou a autorização atual do IPHAN, onde a Chefe do Órgão diz claramente, autorizo a demolição das casas em frente à Igreja do Rosário, por causa da festa de São Benedito. Ao que argumentei: Senhor Procurador, a festa de São Benedito é só um vez por ano, 4 dias, no primeiro domingo de julho. Não é mais importante do que moradores da área, como eu, que moro há 51 anos no local; a minha vizinha, Matilde, mora há 40 anos, os outros, Zé Carlos e familiares, há 60 anos. Festa não é mais importante do que gente? Durante cinco anos abandonaram a área, e em área abandonada implantou-se o terror com a chegada os dependentes químicos; é evidente que fizeram isso de propósito, para justificar a demolição de tudo. Expulsaram moradores, comerciantes, e só ficou quem resistiu a isso, como eu. Justificaram para a Justiça: se as casas não forem retiradas o VLT não passa. Que VLT? Se a própria propaganda oficial do VLT demonstra que elas nunca atrapalharam a rota do VLT, coisa alguma. O hipernoticias fez a matéria intitulada: Morador argumenta em vídeo que Ilha da Banana não atrapalha a rota do VLT. Se quisessem fazer os trilhos do VLT, teriam feito em 2013, era só demolir o Centro Comercial Morro da Luz, e fazer. Nunca quiseram fazer VLT nenhum. VLT virou desculpa esfarrapada. Sou devoto de São Benedito, e tenho certeza de que ele não concorda com isso. A Dona MARIA RITA DOS SANTOS RODRIGUES era devota também, não perdia uma missa. Essa é a mártir da área frontal à igreja do Rosário.
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