A segunda edição da Feira Estadual de Ciências da Educação Básica de Mato Grosso (Feceb/MT) reúne 43 projetos educacionais com a temática em cidadania, saúde, meio-ambiente, sustentabilidade, alimentação, robótica. São projetos incríveis que mostram que os estudantes de Mato Grosso estão cientes da necessidade crescente de cortar gastos e evitar o desperdício. A feira é promovida pela Secretaria de Estado de Educação e pode ser conferida até a próxima quinta-feira (8), no Cenário Rural, em Cuiabá. .
Mayke Toscano / GCOM
Na terça-feira (6), data do lançamento, os participantes puderam conferir uma palestra com o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes. Além dele, se apresentaram no evento professores e o grupo ‘Ciência em Show’, que sempre participa de programas de TV.
Neste ano, os projetos expostos são de Sinop, Alta Floresta, Porto Alegre do Norte, Paranaíta, Campo Verde, Colíder, Barra do Bugres, Porto dos Gaúcho, Juína, Juara e Nova Mutum. Desta vez, a Capital não tem nenhum representante.
No encerramento da feira, os 20 melhores projetos participantes receberão como premiação uma bolsa de Iniciação Científica Júnior do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para o desenvolvimento da pesquisa, além de certificado de participação no evento.
Dois dos premiados na edição do ano passado retornaram ao evento neste ano para apresentar o resultado final de seus projetos. Um deles é o Protótipo Econômico para Alunos Portadores de Necessidades Especiais (PEAPNE) e outro o Levantamento da Avifauna da Mata Ciliar no Córrego Buriti, de Tangará da Serra.
Além da feira, o público também pode visitar a 7ª Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec-MT) e a 12ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).
Mayke Toscano / GCOM
CRIAÇÃO
Da Escola Estadual Mário Corrêa da Costa, do município de Paranaíta, no Norte do estado, os estudantes Micaela Ivo Romero e Matheus Pascoal Heinzen vislumbram o fim do desperdício no ar condicionado, ou seja, o aproveitamento da água tanto para limpeza quanto para regar as plantas, uma vez que é imprópria para o consumo.
“Esta é a segunda fase do projeto, que é de pesquisa. Agora vamos entrar na 3ª fase, que é a que depende de apoio e mão de obra de um engenheiro civil para a implantação. Sabe como é, tudo precisa passar pelo engenheiro que desenhará o projeto”, explicou a aluna.
Já Matheus, que divide as explicações com Micaela, tratou de defender a iniciativa. Disse que a execução contribuirá com a conservação da escola. “A captação da água vai evitar que a pintura seja danificada, manche e crie rachaduras que causam infiltração nas paredes. Além das calçadas que também são prejudicadas com as rachaduras”, explicou.
De acordo com os cálculos da dupla, 324 litros de água são desperdiçados diariamente com o uso dos ares condicionados da escola, que eles estudam. Isso resulta num desperdício de 1.620 litros por semana.
Devido à escassez de água na Escola Estadual Geny Silvério, de Alta Floresta, alunos pesquisadores inventaram um meio de minimizar a falta do líquido utilizando as calhas. A ideia é captar a água em uma caixa grande de cimento para o consumo, usando a gravidade para abastecimento. Também precisa de parceria para execução.
Outro destaque é um projeto sobre os impactos causados pelo cemitério municipal de Juína (MT). A degradação atinge os lençóis freáticos por meio do chorume, líquido liberado na decomposição dos corpos.
“Um corpo de 70 kg, por exemplo, tem 30 litros de necrochorume, que penetra no solo e atinge os lençóis d’água. Os moradores que tem poço em casa ou consomem água do Departamento de Água e Esgoto afirmaram (por meio de questionário) que sentiram gosto de metal ou se depararam com a presença de gordura na água”, revelou uma das estudantes.
Como solução para o problema, Yasmim Gonçalves da Rocha e Larissa Eshiley de Oliveira, alunas do 8º e 9º, apresentam o processo de desidratação do corpo antes do sepultamento.
“Muitos acham que a cremação resolve. Não, porque de certa forma, ela contamina o ar. O melhor é a desidratação”, explicou Yasmim, com base na pesquisa apurada.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira (07.10)
08h - "A importância da pesquisa na formação do estudante" - Prof. Dr. Renilson Rosa Ribeiro.
09h30 - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV (SBT/Record).
14h - “A luz através dos tempos” – Prof. Msc. Decio Schäffer (UNEMAT).
15h - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV (SBT/Record).
20h - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV (SBT/Record)
Quinta-feira (08.10)
08h - “Robótica Educacional” - Prof. Dr. Ronan Marcelo Martins (IFMT).
09h30 - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da
TV (SBT/Record).
14h - "A inovação e empreendedorismo na formação estudantil" – Me. Sofia Ruiz
(UFMT).
15h - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV
(SBT/Record).
19h - Entrega da Premiação aos finalistas da VII Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e da 2ª Feira Estadual de Ciências da Educação Básica.
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