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Cidades Sexta-feira, 09 de Junho de 2017, 16:27 - A | A

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Sexta-feira, 09 de Junho de 2017, 16h:27 - A | A

NA PORTA DA PREFEITURA

Professores da rede pública municipal fazem protesto contra projeto Hora Estendida

RAYANE ALVES

Pelo menos 50 profissionais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) que atuam na Educação infantil, específicamente em Cuiabá, protestam na tarde desta sexta-feira (09), em frente da sede da prefeitura, contra o programa ‘Hora Estendida’ que foi instituído através do decreto 6.214 pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), em seu primeiro dia de governo.

 

O projeto só deve passar a valer apenas no segundo semestre deste ano. Mas, os profissionais não são favoráveis ao novo sistema.

  

Jorge Pinho

creche Cuiabá

 

Em seu depoimento, o presidente do sindicato dos professores, João Custódio da Silva, avaliou que Cuiabá tinha avançado com relação às políticas educacionais. “Participei de diversos movimentos em prol da luta pela educação e, na grande maioria delas a família sempre fez parte da formação de uma criança. Agora, porque o senhor prefeito quer retirar isso da instituição básica já que ela é fundamental para a personalidade de uma criança”, disse.

 

Em seguida, uma professora explicou que os pais trabalham e passam muito tempo longe dos filhos. E, no período da noite, as crianças que acabam acostumando com a vida girando pela tecnologia ficam jogando e assistindo televisão.

 

“Nesse momento a mãe está fazendo janta ou limpando uma casa porque não tem tempo de fazer durante o dia. E, cadê a atenção que se poderia dar. Essa criança vai nascer com transtorno de personalidade por falta de atenção e na creche são muitos pequenos para os professores cuidar e não dá atenção especial que o menino ou a garota merece”, defendeu.

 

 

Outra professora que também usou o microfone para chamar a atenção do prefeito apontou que a família sempre esteve em primeiro lugar na vida de uma criança. “Daí que surge a personalidade. Nos próximos anos o que vamos ter será uma geração de pessoas sem moral, que não sabem viver em sociedade porque não foram ensinados pelos pais. A criança sim deve ir aprendendo desde cedo a conviver com os coleguinhas, mas não passar o dia todo sem contato com os pais. Vemos isso (Hora Estendida) como um regresso ao pedagógico. Prefeito Emanuel, a ‘Hora Estendida’ dificulta a necessária integração da criança e família”, falou à servidora que acabou chamando o prefeito para discutir o projeto com os profissionais da área.

 

Outro lado

Segundo a secretária-adjunta da Educação, Edilene Machado, o projeto ‘Hora Estendida’ já funciona em fase experimental na Creche Oscar Amélito. Antes de passar a valer, a secretaria fez um comunicado e chamou todos os associados ao Sintep, Conselho de Educação e Conselho Tutelar para acompanhar a sugestão do prefeito e dar sugestões de como o programa poderia funcionar nas unidades.

 

Mas, apenas o Conselho Tutelar acompanhou até o final todas as etapas de construção do projeto.

 

“Nem de forma presencial e nem por telefone os professores quiseram se manifestar. Não quis de fato ouvir a proposta do prefeito. O que na verdade a gente quer é melhorar para o pai ou mãe que trabalha o dia todo longe da escola e tenha que tirar R$ 200 do salário mínimo ou deixar o filho com o guarda da escola. Isso é apenas agregar um novo profissional até às 19h30 para que de tempo do pai pegar o filho. Porém, não são todas as crianças que participam deste projeto, os pais precisam confirmar para ser beneficiado”.

 

Além de ter um pedagogo disponível para acompanhar a criança até a chegada dos pais, a criança também terá uma ceia. “Para a criança não ficar com fome, ela irá comer uma fruta ou tomar uma sopa. Já o bebê tem direito a última mamada. A intenção do projeto nunca foi retirar o convívio em família, mas sim apenas ajudar os pais que trabalham em jornadas estendidas”, finalizou.

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