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Cidades Terça-feira, 31 de Janeiro de 2017, 11:05 - A | A

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Terça-feira, 31 de Janeiro de 2017, 11h:05 - A | A

800 VÍTIMAS

Presos se passavam por médicos para extorquir familiares de pacientes

MAX AGUIAR

"Os presos se passavam por médicos. E isso de dentro da cadeia". Assim agiam os detentos que faziam parte de uma quadrilha de estelionatários que enganavam familiares de pacientes que estavam em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou em estado terminal para pedir que as vítimas fizessem depósitos bancários para que exames ou cirurgias pudessem ser realizados. 

 

Porém, as consultas e trabalhos hospitalares nunca existiram e as pessoas que faziam a transferências acabavam perdendo o dinheiro. A estimativa é de que pelos menos 800 pessoas foram vítimas do golpe em quatro meses, nos oito Estados em que a quadrilha agiu.

 

PJC

Operação Adrenalina

 

Tudo que foi arrecadado nesses golpes iam para contas de presos na Penitenciária Central do Estado (PCE) de Cuiabá ou em Rondonópolis na Mata Grande. 

 

Uma mulher, moradora do bairro São Francisco, em Cuiabá, que foi esposa de um preso da Cadeia de Rondonópolis, contou em depoimento nesta manhã na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que era ameaçada desde 2014 pelo pai de seu filho de 9 anos a tirar dinheiro do próprio bolso para pagar outros membros da facção criminosa que pertencia seu ex-marido.

 

O delegado Diogo Santana, adjunto do GCCO, ouviu o depoimento da mulher que confirmou em extratos bancários que depoistava sempre valores que variavam entre R$ 50 e R$ 300.

 

"Ela contou que o marido ligava e exigia o depóstido para tal conta. Ele nem especificava de quem era a conta. Ela tinha que fazer o depósito. Se não fizesse, era ameaçada de morte. Outro detalhe importante é que ela disse que de vez em quando surgiam alguns depósitos em sua conta de R$ 1000 e R$ 1.500. A mulher também contou que ex-marido já está solto, mas até o fim do ano passado estava detido por roubo na Mata Grande. Ele também têm passagem por agressão física contra ela", disse o delegado.

 

O depoimento prestado pela mulher será encaminhado à Polícia Civil de São Paulo. "Não vamos divulgar nem o nome da mulher e nem do ex-detento porque podem atrapalhar as investigações", completou o delegado Diogo Santana.  

 

O delegado Roberto Miguel, assistente titular da Delegacia de Polícia Civil de Presidente Venceslau-SP, explica que os detentos conseguiam os contatos das famílias se passando como médicos. "Eles ligavam, passam dados de médicos ou se fingiam até serem promotores e conseguiam contatos falando que eram de seguradoras de vida ou membros da Justiça Estadual. Nem todos os golpes tinham final certeiro. Alguns não se concretizavam, mas o crime rendeu muito para as facções e por isso hoje, ao finalizar parte do inquérito fizemos a Operação Adrenalina", explicou o delegado paulista. 

 

Ainda segundo o delegado, a organização criminosa é composta por 31 pessoas, sob controle de detentos e ex-detentos de Mato Grosso. Os crimes praticados são estelionatos, extorsões e lavagem de dinheiro. 

 

Na ação de hoje estão sendo empregados 80 policiais civis (15 delegados de polícia e 65 investigadores, escrivães e agentes policiais) e 25 viaturas das polícias civis dos dois Estados para o cumprimento de 35 mandados, sendo 14 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão, todos no Estado do Mato Grosso (Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Cáceres e Campo Verde).

 

As investigações iniciaram há quatro meses pela Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau, da Polícia Civil de São Paulo que identificou o envolvimento de 31 pessoas, das quais 8 estavam em presídios de Mato Grosso, de onde praticavam golpes fazendo vítimas em oito Estados da federação e no Distrito Federal.

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