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Cidades Domingo, 12 de Março de 2017, 09:50 - A | A

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Domingo, 12 de Março de 2017, 09h:50 - A | A

FALTA DE CLIENTES

Prejuízo: interdição de Ponte Benedito Figueiredo força comércio local a fechar portas

RAYANE ALVES

A Ponte Benedito Figueiredo, instalada desde 2014 sobre o Rio Coxipó, que está interditada há 25 dias por conta de uma medida de segurança do desmoronamento de parte da cabeceira, virou alvo de reclamações de comerciantes e trabalhadores que trafegam diariamente entre os bairros São Gonçalo Beira-Rio e Praeirinho para se deslocar para o trabalho, escolas e universidades. Durante a visita feita na região afetada pelo fechamento da obra de arte, ouvimos reclamações de empresários e até relatos de alguns que pretendem fechar seus estabelecimentos. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

ponte benedito na avenida aquidauana

Gelos baianos travam o trânsito na Ponte Benedito Figueiredo

De acordo com Manoel Narciso, proprietário de uma peixaria localizada ao lado da ponte, o movimento caiu cerca de 70% após o fechamento da via. Conforme contou o empresário ao HiperNotícias,  todas as quintas-feiras, dia em que a reportagem se deslocou até o comércio para verificar a situação local, pelo menos cinco mesas já estavam lotadas de clientes “batendo papo e comendo porções de peixes”.

 

Agora, com a interrupção, os clientes que vinham dos bairros Coophema, São Gonçalo, Parque Cuiabá e até do município de Santo Antônio do Leverger, distante a 35 km de Cuiabá, desapareceram.

 

“Apesar de inaugurada recentemente a ponte virou rota alternativa de entrada e saída do bairro. E, como meu comércio está na frente conseguíamos faturar até uma grana boa para manter os funcionários e pagar as contas. Agora com essa situação já fiz cortes e demiti alguns colaboradores. Porém, se a ponte não for reaberta em breve a única saída é baixar as portas”, lamentou.

  

Para alugar o ponto, Manoel contou que paga mensalmente R$ 3,5 mil. O trabalho de uma semana era suficiente para pagar o aluguel porque pelo menos 200 pessoas entravam por dia no restaurante. Já o dinheiro que entrava nos próximos dias, ele começava se organizar para quitar dívidas e pagar funcionários. Só que agora, nem 30 pessoas estão frequentando o espaço, problema que Manoel considerou um fracasso para fazer planejamentos.

 

“Não tinha ainda muito lucro porque o investimento era pouco. Mas, eu tenho outra peixaria próxima da Universidade de Cuiabá (Unic) que também conseguia me manter. Agora, preciso pegar o dinheiro que ganho lá para tentar sobreviver aqui. Só que já estou fazendo isso há quase um mês e não sei se vou ter fôlego para mais, pois ainda preciso dividir o lucro com meu sócio. Estava com boas expectativas para a semana santa, só que com essa situação faz meu desânimo gira em torno de 100%”, adiantou.

Alan Cosme/HiperNoticias

peixaria bom sabor

Manoel conta sobre quedas nas vendas que iniciaram desde o dia da interdição da pista. Comerciante exige melhorias para não falir

A reportagem do HiperNotícias também visitou outros comércios. Um lava a jato, por exemplo, está fechado.  Um morador explicou que o local não está funcionando há quase uma semana, porque não estava tendo mais movimentação de clientes. " O dono só não pensou em fechar o negócio por ser imóvel próprio. Mas parou de atender", disse um morador.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

ponte benedito na avenida aquidauana

Motociclistas retiraram gelos baianos para faciltar passagem proibida

Outro lugar foi uma empresa que restaura equipamentos de som. A equipe de reportagem por várias vezes tentou contato com moradores ou comerciantes, mas ninguém foi encontrado por lá. Outro morador contou que o proprietário só vai ao local quando marca com algum cliente fiel, pois com o fechamento da via, os clientes ficaram impossibilitados de transitar próximo ao comércio.

 

Já há duas quadras dali uma distribuidora de água e gás também sofre com o fechamento da Ponte Benedito Figueiredo. Desanimada com a situação, Helena Brito, também afirmou que as vendas sofreram com queda de 30%.

 

“Vendíamos bastante porque os clientes tinham costume de vir pegar o produto aqui. Agora, os poucos atendimentos que realizamos no bairro percebemos um acréscimo nas despesas com relação ao combustível. Abastecemos três vezes mais para rodar até o final do mês. Só estamos conseguindo nos manter porque trabalhamos em família”, disse.

 

Sobre as obras de recuperação da ponte, Helena fez uma dura crítica. “Todos os dias que passo a pé pelo local para fazer caminhada nunca vi um funcionário se quer trabalhando. Acho um descaso porque essa desculpa de que é por conta da chuva o atraso é mentira. Aqui está difícil para chover e na maioria em que chove já é de noite”, desabafou.


Percurso do trabalho

Graça Assis presta serviços para uma empresa de digitação. À reportagem, a trabalhadora contou que o trajeto de sua casa até o local de trabalho, que era feito em 40 minutos, com o fechamento da ponte e longos congestionamentos que se formaram na Avenida Fernando Correa, o caminho é completado em pelo menos duas horas. 

 

“O trabalhador ficou impossibilitado de chegar no horário estabelecido. Pego ônibus às 6h40 para chegar às 9h. Todos os dias tem um prejuízo de menos duas horas no serviço, o que acaba me fazendo sair duas horas depois para não ser descontado em folha”, contou.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

peixaria bom sabor

Peixaria tem movimento reduzido por falta de vias de acesso

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) realizou uma série de ações na Fernando Correa da Costa, com intuito de garantir a fluidez no trânsito. Porém, na avaliação de Graça, todas as medidas adotadas foram insuficientes para resolver o problema.

 

“O sinaleiro não adiantou nada. E, tudo que for estimado para reduzir o tráfego será meramente impossível para ter a solução. O ideal é regularizar a ponte para que a gente possa circular normalmente de casa para o trabalho e do trabalho para casa”, concluiu.

 

Outro lado

O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, informou que o Governo pode usar uma ponte de aço emprestada do Exército para melhorar o fluxo de trânsito na região do Coxipó. Porém, ainda não há prazo para que alteração seja instalada.

 

Caso o empréstimo não seja viável, Wilson explicou que irá buscar a instalação de uma ponte de madeira no Paraná. Mas, as duas discussões ainda não foram definidas pela secretaria.

 

“Por determinação do governo buscamos uma resolução rápida para liberar o trânsito nos próximos 10 dias. Na verdade, o curso do rio mudou e acabou destruindo o aterro. E, se fizermos os reparos por mais que tenha dias de sol, a primeira chuva que vier irá destruir o novo aterro. Então nossa primeira opção será emergencial, que no caso é a instalação da ponte provisória e enquanto a população estiver usando esta nós trabalharemos para tornar o mais normal possível o trânsito local”, concluiu.

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Álbum de fotos

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Carlos Nunes 12/03/2017

A tragédia vai ficar pior, quando começarem as obras do VLT. Abrir Cuiabá do Porto até o CPA, e do Centro além do Coxipó, onde, para fazer o Alicerce dos trilhos e as quase 40 Estações do VLT, máquinas e tratores, mandarão pro espaço, tudo o que estiver na frente, embaixo e nas imediações - vai tornar o trânsito caótico, principalmente nos cruzamentos. Resumo da estória comprida: Lojas, comércios, etc, que ficarem na reta da obra, vão perder clientes. O cliente vai comprar o material em outro lugar. Quando o cliente some, as vendas caem, aumenta o desemprego, diminui a arrecadação dos impostos. Ih! Já vi essa estória acontecer lá em Várzea Grande, numa avenida, por causa do VLT, vários estabelecimentos fecharam as portas, tiveram que mudar de bairro. Isso nas vésperas de um ano eleitoral, é a mesma coisa que torcer para os candidatos da oposição ganharem a eleição - não vão ter muito trabalho para isso. Vão ganhar na moleza.

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