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Cidades Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 07:55 - A | A

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Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 07h:55 - A | A

ESQUECIDAS NO PASSADO

Praças do Centro de Cuiabá revelam abandono e descaso com a história da cidade

RENAN MARCEL

Sentados em uma mureta no entroncamento da avenida Generoso Ponce com a rua 13 de junho, Eurípedes Moreira Lopes, 53 anos, e Antônio Garcia Pinote, 64, estranharam quando o repórter fotográfico do HiperNotícias, Alan Cosme, sacou seu instrumento de trabalho e mirou na direção deles. Logo perceberam que a câmera capturava imagens de uma tortuosa palmeira, até então desconhecida e camuflada na Praça Ipiranga, Centro de Cuiabá.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

praça ipiranga

 Palmeira Gogó de Ema é símbolo da Praça Ipiranga, em Cuiabá

Discreta, a árvore está no local desde a década de 1940 e faz parte do Patrimônio Histórico e Paisagístico do município, informação que é recebida como novidade até mesmo entre os cuiabanos que circulam pela região. Ao seu lado agora cresce outra planta, cujos galhos já se enroscam no “gogó de ema”, curva que dá nome à palmeira. No chão, sacos de lixo completam o cenário do que deveria ser um dos cartões postais da cidade.

 

“Passei várias vezes por aqui e nunca tinha percebido. É uma árvore curiosa, uma raridade que dificilmente você encontra em outro lugar. Dá pra ver que ela se esforça para sobreviver, mas já tem uma parasita ali, que vai se escorar nela”, comenta Eurípedes, depois de tirar suas próprias fotos com o celular. “Nunca vi um coqueiro tão bonito assim, torto. Tem que colocar um jardim embaixo, uma placa com informações”, completa Antônio. Os dois servidores públicos são de Nortelândia, interior de Mato Grosso.

 

Vanessa Dias, de 22 anos, assiste, curiosa, à entrevista e também é abordada pela reportagem. Todos os dias ela monta o carrinho de açaí ao lado do Gogó de Ema, mas desconhecia a história daquele ponto. Ao ser informada, a vendedora observa: “era para estar mais bem cuidada, né!?”.O comentário se estende a toda a Praça Ipiranga, cenário de desleixo e esquecimento.

 

PRAÇA IPIRANGA

 

Ocupada por vendedores ambulantes, a praça é ponto de passagem de milhares de pessoas diariamente e local de concentração durante as grandes mobilizações e passeatas da capital mato-grossense. Atualmente, abriga também os moradores de rua, que ocuparam o coreto municipal, antigo palco de apresentações culturais. Sem grama, sem flores, sem pinturas, está abandonada.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

praça ipiranga

 Coreto da Praça Ipiranga está totalmente abandonado 

O historiador Aníbal Alencastro, 73 anos, lembra que a Praça Ipiranga foi criada no final do século XIX e possuía grades de proteção. O primeiro nome oficial era Marquês de Aracati. Antes disso, era conhecida como o 'Largo da Cruz das Almas', onde ocorriam os enforcamentos das pessoas presas e condenadas.

 

Desde sempre demonstrava a vocação para abrigar os comerciantes. Daquela época se tem notícias de uma feira livre, em que os pescadores comercializavam o pescado retirado do Rio Cuiabá. Também era importante para a iluminação dos postes da cidade.

 

“A Prainha [Avenida Tenente Coronel Duarte] era navegável e os pescadores vinham vender o peixe na praça, que reunia também outros vendedores. O local fazia parte de uma rede de distribuição de gás, que era usado para acender os postes de Cuiabá”, lembra Aníbal.Com o crescimento do comércio, veio o prédio que hoje abriga o “Ganha Tempo”, centro de serviços públicos e atendimento ao cidadão. Ali se instalou o primeiro mercado público da cidade. 

 

MARIA TAQUARA

 

Alan Cosme/HiperNoticias

maria taquara

 Estátua de Maria Taquara

A poucos metros da Ipiranga, a Praça Maria Taquara também sofre com o descaso. Pontos de ônibus praticamente destruídos obrigam os usuários do transporte público a aguardarem, em pé, o veículo. Ao mesmo tempo, a estátua que homenageia a lavadeira mais popular da cidade está deteriorada pelo tempo e tem servido de encosto para sacos de lixo.

 

“Às vezes a gente cobra muito do prefeito, do Estado, mas às vezes é a própria população que estraga as coisas, né?! Esse lixo não foi o Estado, ou o prefeito, quem colocou aqui”, lembra a auxiliar de administração Suadna Macedo Souza, 36, que esperava o ônibus no local.

 

Há 13 anos trabalhando no mesmo ponto, o vendedor de sorvetes José Oliveira, 59, cobra manutenção do local e não esconde a decepção: “sempre estão falando que vão fazer, a gente sempre ouve, mas eu nunca vi”, comenta sobre a necessidade de reforma na calçada e a troca dos pontos de ônibus.

 

BISPO

 

Na mesma região, a Praça Bispo Dom José volta a ser palco de cenas que só se viam quando o local abrigava o tumultuado terminal de ônibus, desativado em 2005: centenas de pessoas aguardando ônibus.

 

Isso porque pelo menos 10 linhas do transporte coletivo foram alteradas neste ano de 2017 e agora elas se concentram justamente na Avenida Prainha. Lá, a homenagem ao Bispo Dom José também revela o desprezo pela história da cidade.

 

OUTRO LADO

 

A Prefeitura informou, por meio da assessoria, que há um planejamento para a reforma da Praça Ipiranga, mas sem previsão para o início do projeto. Atualmente, o Executivo está na fase final das obras na Praça Alencastro, em frente à prefeitura. Para as praças Bispo e Maria Taquara não há ainda qualquer projeto para reforma, reparo e manutenção.

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Álbum de fotos

Alan Cosme/HiperNoticias

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AHMAD BASSIM CHOKR 26/09/2017

só as praças estão abandonadas ?!?!?!?!?!?!?!?!?!

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1 comentários

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