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Cidades Sábado, 02 de Setembro de 2017, 12:01 - A | A

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Sábado, 02 de Setembro de 2017, 12h:01 - A | A

SEM PRÉ-NATAL

Posto de saúde recusou atender adolescente grávida porque "não tem obrigação"

CAMILLA ZENI

O momento da gravidez é especial para muitas mulheres, que tecem expectativas e estão com a emoção à flor da pele para conhecer o filho. Mas imagina estar grávida aos 19 anos e não conseguir atendimento no Posto de Saúde da Família porque os profissionais do local “não têm obrigação”. Foi o que aconteceu com a Joice Marques, de 20 anos (hoje).

 

Imagem da Internet

GRAVIDA / GESTANTE

Foto ilustrativa

Joice, que trabalha como promotora de vendas no Centro de Cuiabá, contou à reportagem do HiperNotícias sobre o descaso que viveu em seu momento especial.

 

A situação começou em 2016, quando se mudou com o marido para o Residencial Francisco Borba, assim que foi entregue pela Prefeitura de Cuiabá, graças ao programa Minha Casa, Minha Vida. Na mesma época, descobriu estar grávida de dois meses e começou a se preocupar com a saúde do bebê.

 

A moça procurou o Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro Osmar Cabral, localizado a cinco minutos de sua casa, para realizar o pré-natal, mas recebeu um grande descaso como “ajuda”. “Disseram que não tinham autorização nem obrigação de me atender”, contou. Segundo ela, os profissionais alegaram que o residencial deveria ter seu próprio posto de saúde e que o fato de não ter não era problema deles.

 

Diante do menosprezo, ela resolveu procurar o auxílio no PSF do bairro Tijucal e obteve resposta semelhante. “Falaram que, se o posto do Osmar Cabral, que é perto de casa, não tinha obrigação de atender, imagine eles”, contou. Com isso, a jovem viu o desamparo de perto, com tamanho jogo de empurra.

 

Como última cartada, Joice tentou conseguir atendimento diretamente nos hospitais, chegando a procurar o Hospital Geral Universitário (HGU), mas, como não possuía encaminhamento das unidades básicas, também não foi atendida.

 

Para piorar, a promotora de vendas acabou contraindo Zika Vírus. “Acabei ficando sem pré-natal. Minha filha não nasceu doente por sorte de Deus, porque nunca fiz exame”, disse. “Minha cunhada ficou grávida na mesma época e sofreu com os mesmos problemas”, revelou. Segundo ela, a primeira consulta da filha foi após seu nascimento, em fevereiro.

 

“Como eu trabalho o dia todo, deixo ela com a minha tia, no bairro Três Barras. Foi lá que ela conseguiu tomar a primeira vacina”, contou. Seis meses após seu nascimento, a bebê ainda não tem acompanhamento médico.

 

Procurados pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a alinhamento da secretaria aos profissionais é de que ofereçam atendimento ou orientação. Conforme a SMS, as unidades de PSF mencionadas são responsáveis por diversos bairros e mais de 50 mil pessoas. Por isso, trabalham sob regime de agendamento e de forma restrita.

 

De acordo com a SMS, onde há cerca de cinco mil famílias (de cinco residenciais do Minha Casa, Minha Vida) sem cobertura por uma unidade de saúde, um levantamento será feito para a reestruturação da rede pública de saúde. Ao todo, são previstas 19 obras de reforma e ampliação de PSFs durante a gestão atual e, para a região em questão.

 

A SMS informou que irá prestar assistência à Joice e ressaltou que os usuários podem recorrer à Ouvidoria do SUS pelos telefones: 0800 645 7885 ou 3617-7329.

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