O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Cuiabá, tem realizado campanha de conscientização com os alunos para coibir a disseminação de “fake news” e mensagens de apologia à violência. A medida é reação a postagens com supostas ameaças feitas por alunos da instituição. Uma das publicações em rede social dizia: “por que tirar 10 na prova se posso tirar o 38 da mochila?”.
Conforme o diretor da unidade, Cristóvão Albano da Silva, há procedimentos investigatórios contra dois alunos que assumiram a autoria das publicações. Um terceiro procedimento será aberto e pode culminar na expulsão dos alunos.
O diretor afirma que os alunos investigados passaram por atendimento psicológico e pela assistente social. Nenhum deles apresenta comportamento agressivo na escola e não têm publicações ofensivas nas redes sociais.
“Essas publicações foram feitas nas redes deles e os prints passaram a circular. Logo os alunos trouxeram para a direção. Os próprios autores se apresentaram dizendo que tinham feito a postagem que era uma brincadeira. Foram registrados os boletins de ocorrência e as medidas cabíveis já estão sendo tomadas”, afirma o diretor.
Além das postagens, uma apuração foi aberta após servidoras da unidade ouvirem dois alunos conversando e um deles disse que iria “explodir uma bomba na escola”.
“Todos estão alertas para denunciarem qualquer atitude suspeita”, afirma o diretor.
Conforme Cristóvão Albano, o calendário letivo do campus não foi alterado, mas alguns pais não têm deixado os filhos frequentarem as aulas.
“Não sei bem pontuar o que pode estar ocorrendo, mas minha percepção é que há um ‘efeito manada’. As pessoas veem uma coisa acontecendo e seguem. A juventude é muito assim, reproduz aquilo que vê sem pensar nas consequências dos seus atos, é para isso que queremos conscientizá-los: das consequências negativas que esses atos têm”, declara.
“A gente se preocupa como em todas as escolas. Esperamos que tudo seja investigado e que seja identificado o autor dessas mensagens. Que ele responda por isso”, afirma o professor Paulo Maciel, pai de um aluno do curso de Eletro Eletrônica.
Além do diretor, um policial conversou com os alunos durante a assembleia dessa tarde.
“Nossa conversa hoje é sobre o combate às ‘fakes news’ e suas consequências e também esclarecer que se trata de um ato terrorista praticado pela primeira pessoa que publicou o conteúdo. Isso é um crime mais grave do que a ameaça”, afirma o segundo-tenente Anderson de Souza Fernandes, do 10° Batalhão da Polícia Militar.
Ele afirma que a segurança está reforçada no entorno da escola e que a situação será repassada à Polícia Federal, por se tratar de uma instituição federal.
No momento, o caso é investigado pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), e não pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) como divulgado anteriormente.
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