A Polícia Federal de Redenção (distante 1,129km de Belém-PA) vai enviar equipes para negociar a liberação dos empresários mato-grossenses que estão reféns desde terça-feira (17) de índios em uma aldeia Kaiapó, no município de São Félix do Xingu.
A delegada Shirley Sitta é a responsável para tentar liberar os empresários Cristian Barreto Lima e Carlos Egídio Zancheta. Os indígenas exigiram R$ 100 mil para soltar os reféns, que fizeram um pouso forçado na pista localizada na aldeia.
"Nós tivemos que pousar por urgência e após a nossa decida eles queriam R$ 30 mil para deixar a gente sair da área, eu só tinha R$ 3 mil e dei pra eles. Mais tarde nos cercaram e queriam R$ 100 mil. Eu disse que não tinha ali, mas podia ir na cidade sacar e trazer de volta. Os índios, sob o comando do cacique, deixaram eu e o piloto saíssem para buscar o dinheiro, mas meus amigos ficaram por lá. Na cidade, busquei ajuda da Funai e da Polícia", disse o empresário Tito Lívio Correa.
Tito, Cristian e Carlos saíram de Cuiabá na manhã de terça-feira (17) em um avião bimotor Baren-B-58 e estavam a caminho de Altamira, para supervisionar uma obra na usina de Belo Monte. A esperança de liberação dos empresário agora está nas mãos da Polícia Federal.
A delegada vai comandar a operação até a aldeia juntamente com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai). A assessoria confirmou que a PF tomou conhecimento do caso na noite de quarta-feira (18) e, nesta quinta, irá ouvir o empresário Tito Lívio e na sequência ir até a aldeia.
A pedido da delegada, membros da Funai foram até a aldeia buscar dois homens para serem interrogados. Não foi especificado quem são os depoentes, porém após a oitiva é que o caso será aberto ou não do inquérito. "É um caso ainda não esclarecido e por isso vamos ouvir algumas partes. Depois dos depoimentos, nós vamos dar continuidade nas investigações", comentou a titular do caso.
Por telefone, Tito contou que a situação já estava quase resolvida. "Conseguimos achar um cacique aqui em São Felix do Xingu e ele iria intermediar essa situação, já que nosso pouso foi de emergência e não teria o porque de pagar. Os índios cobram para pousar na área quando as pessoas não avisam e principalmente porque eles fizeram a pista manualmente. Ou seja, eles precisam de manutenção, mas cobrar R$ 100 mil é inadmissível. O cacique iria conoso, mas a Funai foi na frente e atrapalhou, dizendo que eles não queriam conversa, apenas o dinheiro para liberar os reféns", contou Tito.
O empresário ainda frisou que em nenhum momento eles fizeram ameaça de morte ou intimidaram com armas. Pelo rádio do aeroporto eles mantêm comunicação.Tito conseguiu falar com os empresários e ficou sabendo que estão bem, comendo e bebendo normalmente, mas são proibidos de deixar a área sem o dinheiro.
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