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Cidades Sábado, 24 de Junho de 2017, 18:19 - A | A

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Sábado, 24 de Junho de 2017, 18h:19 - A | A

RELAÇÃO ABUSIVA

Padaria do Moinho é denunciada no MPT por injúria racial contra ex-funcionária haitiana

CAMILLA ZENI

O Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso (MPT) recebeu a denúncia de que a Padaria do Moinho estaria cometendo injúria racial e ainda submetendo seus funcionários a situação análoga à escravidão. A empresa, que fica em um bairro nobre de Cuiabá, deverá ser investigada pelo órgão.

 

Reprodução

padaria do moinho

 

Após ter sido demitida depois de conceder entrevista ao site Olhar Direto, a haitiana Najeda Redon, de 23 anos, procurou o MPT para denunciar a antiga empresa onde trabalhava. A estrangeira teve vínculo com a Padaria por cerca de sete meses, até que, do dia para a noite, foi mandada embora, e a direção ainda tentou fazê-la assinar documentos alegando justa causa.

 

A desconfiança é de que a demissão pode ter relação direta com o fato de que a ex-funcionária saiu no jornal, uma vez que a empresa procura se manter discreta e, portanto, não gostaria de chamar a atenção para o local. A imigrante ainda revela que diversas práticas que vão contra os princípios de Direitos Humanos são cometidos no local.

 

Segundo contou site, Najeda vinha sendo submetida a padrões irregulares desde que fora contratada. Ela cita, por exemplo, o fato de ter hora delimitada para o uso do banheiro. Os funcionários do empreendimento também não poderiam parar para beber água fora do horário estipulado ou comprar qualquer produto da loja.

 

Além da violação dos direitos básicos, Najeda ainda era obrigada a usar um crachá informando que ela não falava português, embora fale, e também não podia conversar com os clientes. A injúria racial também foi registrada, quando foi obrigada a tirar as tranças do cabelo, além de já ter sido chamada de “fedida”.

 

Além da moça, outros  35 haitianos trabalham no local, que já foi alvo de outras quatro denúncias junto ao MPT.  Após investigação, o órgão firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Padaria e arquivou três das denúncias.

 

No documento, a Padaria se comprometia a garantir equipamento de proteção individual para funcionários, conceder o descanso semanal de 24 horas, além de intervalo para repouso e outros acordos. Pela nova denúncia de Najeda, fica claro que o TAC não foi cumprido.

 

Outro lado

 

Em resposta ao site Olhar Jurídico, o proprietário da padaria informou que não tinha conhecimento sobre as alegações da ex-funcionária, e ressaltou que o local é um dos únicos empreendimentos que empregam imigrantes na Capital.

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josé trindade 25/06/2017

Tem de ferrar mesmos esses safados. Querem enriquecer às custas dos mais fracos. Multa pesada para esses bandidos.

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1 comentários

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