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Cidades Sexta-feira, 06 de Maio de 2016, 08:00 - A | A

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Sexta-feira, 06 de Maio de 2016, 08h:00 - A | A

CONTRA CÂNCER

Paciente sofre com falta de medicamento que é usado em tratamento de câncer

RAYANE ALVES

Há pelo menos uma semana, a dona de casa Maria Vandelice de Souza, que sofre de um tipo de câncer raro no sangue ‘Mieloma Múltiplo’, busca o medicamento Talidomida no Hospital do Câncer de Cuiabá para continuar com o tratamento, mas todos os dias têm voltado de “mãos vazias” para casa.

 

HiperNotícias

Montagem

 

O problema, conforme explicou a paciente, é que o hospital informa que o medicamento está em falta e não tem previsão de distribuição, já que nem mesmo a Farmácia de Alto Custo da Capital não comprou o remédio.

 

“Acredito que o problema é do Governo Federal, porque apesar da Farmácia ser administrada pelo Estado, o dinheiro vem do Governo Federal para compra dos medicamentos”, disse Maria.

 

Além de usado para Mieloma Múltipla, o remédio Talidomida também é usado por pessoas que fazem tratamento de Aids e hanseníase. A medicação já foi usada até como sedativo, até ser descoberto que causava defeitos congênitos e foi retirada do mercado. Entre os efeitos colaterais que o remédio causa está a sonolência, fadiga, constipação e neuropatia. Existe também um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos.

 

“Meu problema foi comprovado em janeiro deste ano. Fiz vários exames para receber o laudo médico. Porém, antes de receber o laudo um tumor grande tinha criado no ovário. Nisso, passei por uma cirurgia na Santa Casa. Com a retirada do tumor, o resultado da biopsia foi possível detectar que a metástase veio da medula. E, agora trato a medula para o câncer não voltar”, contou Maria.

 

Mesmo sem o problema, Maria afirmou que o remédio é necessário para ela porque ele deve ser usado junto com Dexametasona, porque os dois funcionam no organismo como uma espécie de quimioterapia. Durante algum tempo tomando a medicação, os médicos falam que ela pode conseguir alta do tratamento.

 

“Uma vez por mês eu tomo 40 comprimidos do Dexametasona. Sendo 10 por dia, durante quatro dias. No terceiro dia, eu já nem aguento levantar mais. Já o Talidomida, eu faço uso contínuo”, concluiu.

 

OUTRO CASO

Sebastião de Abreu também vive o mesmo lema quando vai mensalmente até a farmácia de alto custo da Capital, buscar medicamentos para a esposa, que sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). 

 

Arquivo Pessoal

receita

Receita do medicamento que Maria Vandelice necessita para tratamento

Segundo Sebastião, 28 de março foi dia buscar as duas cartelas de Riluzol, suficientes para o uso da esposa, por um mês, porém não conseguiu o medicamento. No dia a atendente disse que não tinha. Seguidamente, Sebastião tem ido e ligado ao local, mas a resposta que encontra é que não tem o remédio e que não tem previsão de quando os estoques serão repostos.

 

Crítica

 

Nas redes sociais, a deputada Janaína Riva (PMDB) comentou que o Governo Pedro Taques (PSDB) está há algum tempo falando que não faz os repasses da saúde para os municípios porque o Governo Federal ainda não repassou a verba.

 

Na Assembleia, Janaina disse que as declarações do chefe do Executivo são mentirosas. “Mas isso é uma mentira deslavada. O Governo Federal está em dia com estes recursos e inclusive já repassou R$ 2,5 milhões para a Farmácia de Alto Custo, mas o Governo Estadual prefere fazer uma dispensa de licitação para o programa Remédio em Casa, que custa R$ 70 mil por mês para entregar os remédios via motocicletas, mas eu pergunto que remédio estas motos estão levando? Porque o Governo Estadual não comprou os remédios para a Farmácia. Também não fez repasses para as UTIs de Sinop e Sorriso que estão prestes a fechar. Nem para o hospital de Pontes e Lacerda que está um caos. Nem para Cuiabá que está em situação desesperadora, como é noticiado na mídia todo dia. O governador que tanto prega a transparência está mentindo e jogando a culpa no Governo Federal que ele tanto critica. Haja hipocrisia, né gente? Enquanto seus filhos, mãe, pai, esposa e marido estavam sofrendo sem cuidados básicos e sem remédios nos hospitais, o senhor Pedro Taques estava em caravana pela América do Sul”, diz a publicação da parlamentar.

 

OUTRO LADO

A Secretaria de Estado de Saúde informou por meio de nota que referente ao medicamento Talidomida, que trata o câncer, o repasse é feito via Ministério da Saúde, para pacientes em tratamento de lúpus, hanseníase e DST/Aids. Conforme o Protocolo do Ministério da Saúde o medicamento não contempla pacientes em tratamento oncológico.  Sobre o medicamento Riluzol a SES informa que está em processo de compra.

 

Já o Hospital do Câncer falou que a Secretaria de Atenção à Sáude (SAS) não forneceu o medicamento ainda, e, nem mesmo deu previsão de quando o estoque vai ser reposto.

 

E a assessoria da SAS até o fechamento desta matéria não prestou informações. 

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joaoderondonopolis 06/05/2016

Num caso como este o judiciário tem que pedir a prisão do executivo e secretário, caso não cumpra a decisão judicial.

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Carlos Nunes 06/05/2016

Vai ter que avisar para todos esses pacientes que...agora é que não vai ter dinheiro, porque vem aí o VLT, aonde vão torrar MILHÕES DE REAIS (OU BILHÕES, sei lá), nessa obra fracassada do Silval. Para o VLT vai ter dinheiro, agora para a Saúde...só se sobrar. Já fizeram isso no governo dele, para sobrar dinheiro para as obras da Copa, cortaram a verba da Saúde para os municípios em 50%. Recentemente o ex-secretário da SECOPA, o Maurício Guimarães, no seu depoimento, contou uma estória triste: que o VLT do Porto em Portugal, que inspirou o VLT daqui, dá anualmente ao governo português, um prejuízo de 1 BILHÃO DE REAIS. Vôte! Quanto será o prejuízo daqui? Se lá em Portugal, que é vizinho da Espanha, aonde a assistência técnica, peças de reposição, etc. é bem ali, dá prejuízo...imagine aqui que é do outro lado do mundo (longe a beça). É o VLT é espanhol, só eles tem a tecnologia, o Know-how, as peças de reposição, etc. - vamos ficar na mão dos espanhóis eternamente. Vai ser um monopólio meio forçado nessa área.

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2 comentários

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