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Cidades Quarta-feira, 26 de Abril de 2017, 11:43 - A | A

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Quarta-feira, 26 de Abril de 2017, 11h:43 - A | A

DESAFIO MORTAL

Polícia encontra grupo da Baleia Azul com mais de 650 membros em Vila Rica

JESSICA BACHEGA

Mais de 600 pessoas fazem parte de dois grupos do Jogo da Baleia Azul identificados pela Polícia Civil e Militar de Vila Rica (distante 1.111km de Cuiabá), onde houve a morte da adolescente Maria de Fátima Oliveira,16 anos, que suspostamente se matou após cumprir o 50º desafio que é o suicídio.

 

Reprodução

coronel outo vila rica

 Tenente Coronel Joel Outo

As pessoas são divididas em dois grupos, com cerca de 300 e 365 membros de Mato Grosso e de outros Estados. “Os participantes são convidados a entrar no grupo. Não é qualquer um que consegue entrar. Eles são escolhidos pelo curador (administrador do grupo) de acordo com o perfil”, explico o Joel Outo, tenente coronel do 10º Comando Regional da Polícia Militar.

 

O comandante explica que já foi identificada uma jovem, chamada Aline Bezerros, de Minas Gerais que seria a curadora principal do Jogo nos grupos identificados. No entanto há também os subordinados, “encarregados” pelas ordens do grupo nas demais regiões.

 

“O curadores apenas dão as ordens e não cumprem os desafios do jogo. Eles escolhem as vítimas em grupos aleatórios de outros jogos e selecionam aquelas pessoas com perfil mais melancólico, mais depressivo com potencial para entrar no grupo e executar os desafios”, afirma.

 

Inúmeros novos casos de possíveis vítimas do jogo já foram identificadas e estão sob investigação sigilosa, conforme ressaltou o comandante. Ainda nesta terça-feira (25) em uma palestra de orientação conduzida por policiais na cidade de Santa Cruz do Xingu (distante 1084 km de Cuiabá) alunos da escola procuraram os militares informando que estariam recebendo ligações para que executassem as tarefas do desafio. O autor das ligações foi identificado e mora no Piauí.

 

O comandante ressalta que as investigações continuam, mas que não iria fornecer mais detalhes por se tratar de menores e também para não conturbar as apurações. No entanto adiantou que as palestras de conscientização e alerta para os perigos das redes sociais e dos jogos como o da Baleia Azul estão sendo feitas de forma intensificada e que foi  constatado a dissolução de alguns grupos menores após a repercussão de seus danos e do trabalho preventivo que vem sendo feito.

 

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Jurema 26/04/2017

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