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Cidades Terça-feira, 13 de Junho de 2017, 16:30 - A | A

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Terça-feira, 13 de Junho de 2017, 16h:30 - A | A

DEMOLIÇÃO É ALÍVIO

Moradores relatam que demolição da Ilha da Banana leva paz a lugar hostil

JESSICA BACHEGA

Os moradores dos arredores da Ilha da Banana recebem com alívio o início da demolição dos imóveis que há anos servem de abrigo para usuários de entorpecentes, que insistem em ficar no local.

 

Edson Rodrigues/HiperNotícias

ilha da banana

 

Os dois prédios, que são a moradia dos sem teto, eram sede de escritórios e comércio antes da desocupação para as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e deveria ter sido entregue ainda em 2014 para a Copa do Mundo.

 

Desde então o local ficou ocioso e foi invadido por moradores de rua que tornaram o espaço em suas casas. Os moradores relatam que já foram obrigados a passar noites mal dormidas por conta do som alto e da constante movimentação de pessoas no local.

 

“Eles faziam até festa ai. Traziam bebidas, colocam o som alto. Às vezes eles sobem na caixa de água e ficam dançando lá em cima. Não sei como eles não caem. Teve uma mulher que já ganhou neném aqui sozinha e outra que morava com mais cinco filhos”, relata uma moradora.

 

Ela é dona de uma pensão ao lado da Igreja do Rosário e São Benedito e conta que por causa da violência na região seu imóvel fica longos períodos sem inquilinos. “Nem os turistas vem visitar a igreja mais. Os comerciantes também foram embora daqui”, declara.

 

Márcio Augusto mora em uma casa no topo do Morro da Luz e presencia a migração dos moradores da Ilha para acampamentos improvisados no ponto turístico.

 

Edson Rodrigues/HiperNoícias

ilha da banana

 

“Eu moro aqui a vida toda e era muito agradável poder sentar em frente às casas e conversas com os vizinhos. As crianças brincavam na calçada perto da igreja, mas hoje isso não é possível. Desde que o local foi desapropriado e eles entraram houve tentativas de retirar os drogados do local, mas eles voltam”, relata Augusto que tem toda sua família residindo nas proximidades da Ilha. 

 

O morador conta que o índice de furtos, roubos e estupros na região é alto. “Isso aqui era cheio de turista. Hoje ninguém vem mais porque tem medo”, ressalta.

 

Além dos casos de crimes cometidos nas ruas, os usuários também invadem as casas das pessoas. “Eles vem pedir água para beber, para tomar banho, pedem comida, cigarro. Pedem tudo. Se a gente não está aqui na frente, o tempo todo, ao dispor deles, eles entram na casa”, conta a mulher.

 

Destino dos sem teto

 

Conforme a Secretário de Estado de Cidades (Secid) os assistentes sociais tem feito um trabalho de convencimento junto aos moradores dos imóveis da Ilha para que concordem e ir para uma comunidade terapêutica. Porém, muitos deles resistem à ideia e querem continuar no local.

 

Edson Rodrigues/HiperNotícias

ilha da banana

 

Enquanto a reportagem do Hipernotícias este no local, os trabalhadores da empresa responsável pela demolição batiam suas marretas contra as paredes de um dos prédios que já tinha sua demolição iniciada. No imóvel vizinho, uma moradora limpava a frente do cômodo onde residia.

 

Um tanto arredia,  ela não quis falar sobre a demolição. Apenas disse que “estava de boa” e que “eles sempre têm para onde ir”. Questionada se morava no local há muito tempo e qual seu plano de vida após a derrubada do local, a abrigada apenas perguntou “Você vai ajudar a gente?”, e se concentrou no seu trabalho em meio ao pó e aos os escombros.

 

Em meio a tentativa de conversa com a moradora e ao trabalho de demolição predomina o cheiro de urina misturado e a sujeita impregnados no num longo raio em torno dos imóveis que começam a ceder.

 

O fim da Ilha da Banana

 

 

As obras de demolição manual começaram no último fim de semana e devem seguir por cerca de 30 dias. Os imóveis com autorização para serem derrubados estão marcados com um X e ainda faltam quatro para que a ilha seja totalmente colocado abaixo, entre elas uma auto-escola e três casas incluindo a do senhor Benedito Addôr, que resiste em deixar a casa.

 

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Álbum de fotos

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues

Rafaella Zanol/Secid

Rafaella Zanol/Secid

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Benedito Addôr 15/06/2017

O hipernoticias em 6/maio/2017 fez a matéria intitulada "Morador argumenta em vídeo que Ilha da Banana não atrapalha a rota do VLT." Onde demonstrei que a própria propaganda oficial do Governo sobre o VLT mostrou claramente que as casas da área frontal à Igreja do Rosário não atrapalham a construção dos trilhos do VLT. Bastaria pela propaganda demolir o Centro Comercial Morro da Luz, atrás das casas, para fazer os dois pares de trilhos. Desde 2012 até hoje, indago: essa propaganda oficial do Governo percorreu o mundo inteiro, se não concretizado o que ela expôs, pode ser considerada uma PROPAGANDA ENGANOSA? O que é uma propaganda enganosa de um Governo? Quem poderia responder essa pergunta? Seria conveniente que os cuiabanos, e todo mundo, assistissem esse vídeo para tirar conclusões daquilo que afirmo. Desde 2013 os trilhos do VLT já poderiam ter sido construídos; e o VLT já estar circulando passando pela área. Em 2013 a ONG MORAL defendeu também isso; somente as casas da área frontal à Igreja do Rosário tem PRESERVAÇÃO ASSEGURADA pela Instrução Normativa do IPHAN, no seu Artigo 2º; confirmado pelas Declarações do próprio IPHAN dadas a diversos proprietários da área. Resumindo: desde 2013, o Governo poderia ter demolido o Centro Comercial Morro da Luz, hoje demolido a marretadas, e feito os trilhos do VLT, conforme mostra a propaganda oficial do VLT, que circulou o mundo inteiro. O que é uma propaganda enganosa de um Governo?

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Carlos Nunes 14/06/2017

O Ser ou não Ser dessa questão é que esse prédio poderia ter sido aproveitado pelo próprio Governo faz tempo; alojando uma Repartição talvez municipal, ou estadual...e durante anos teria uma serventia útil pra Sociedade. Aí, não teria aparecido dependente químico nenhum; nem os moradores das redondezas teriam passado pelo pesadelo que passaram. Não fizeram o dever correto, e o negócio virou um pesadelo. Essa é a diferença entre a Boa Gestão e a péssima gestão...Quanto será que custa esse prédio inteiro? Quantos Milhões? Agora tão destruindo a marteladas...jogando dinheiro público fora. Pra jogar dinheiro fora é uma beleza. Isso fizeram até com o Brasil...alguém ARREGAÇOU a Economia Brasileira, os 14 milhões de desempregados não apareceram da noite pro dia, mas foi resultado de uma série de políticas econômicas erradas...agora querem que o povo brasileiro pague a conta NA MARRA...e vai pagar sem choro nem vela. As Reformas não passam de uma série de manobras pra esvaziar o bolso do povo pra encher o caixa vazio do Governo.

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Benedito Addôr 13/06/2017

A Ilha da Banana, nome que nenhum cuiabano sabe de onde surgiu, não é só esse prédio mostrado nas fotos dessa matéria. Esse é o Centro Comercial Morro da Luz que o governo tornou de Utilidade Pública em Julho/2012. De 2012 até 2017 já vão decorrer cinco anos; esse prédio devia ter sido aproveitado pelo próprio Governo, quando viram que não ia sair VLT nenhum. Sendo sólido e tendo Estacionamento em cima e no subterrâneo, poderia ter sido aproveitado para instalar uma Repartição Pública, talvez municipal; entretanto não fizeram nada. Pelo contrário, foi o próprio Governo que arrancou as portas, as janelas, derrubou muros, depredou, abandonou; e em área abandonada os dependentes químicos chegaram. Os moradores da área frontal à Igreja do Rosário também sofreram com isso, mas não puderam fazer nada para impedir isso. Eu pessoalmente pedi, durante esses anos, que podassem as árvores que brotaram, cortassem o mato, mas nunca fui atendido. A minha vizinha, Lenice, fez vários pedidos para limpeza da área para evitar dengue, e nunca foi atendida também. Tem que separar da história da Ilha da Banana o Centro Comercial Morro da Luz das casas da área frontal à Igreja do Rosário. O Centro Comercial é de propriedade dos Catalani, que na construção dele fizeram uma obra que beneficiou toda a região - canalizaram toda a rede de esgoto que vem da Avenida Coronel Escolástico, fizeram a ligação dos esgotos de todas as casas da área frontal, gratuitamente, e hoje esse esgoto é despejado na Prainha. Tem uma rede de esgoto com manilhas enormes que fica embaixo do Centro Comercial Morro da Luz. Tomara que nessa demolição agora, as maquinas não destruam tudo isso. O grande causador dessa tragédia que aconteceu na área foi o próprio Governo, que montou esse palco; os dependentes químicos foram só os atores que apareceram. O crack é terrível; outro dia conversava com uma mulher dependente química, e ela narrava que, cada vez que dá uma tragada no crack, esquenta a boca, o canal que vai ao pulmão, a fumaça é quente; imediatamente o dependente sente uma sede terrível e uma vontade de chupar gelo. Como foi que essa porcaria de droga apareceu em Cuiabá?

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