O Ministério Público Estadual (MPE) será a responsável por pedir a penalidade que deve ser aplicada aos quatro adolescentes que agrediram um deficiente auditivo dentro da Escola Estadual Salim Felício, no bairro Parque Cuiabá.
Alan Cosme/HiperNoticias
Responsável pelo inquérito, delegada Anaíde Barros disse que não houve tortura nesse caso
Os autores da agressão foram apreendidos pela Polícia Militar (PM), na segunda-feira (26), após denúncia do diretor da escola, que encontrou a vítima, de 11 anos, amarrada no corredor do banheiro.
A criança, com ajuda de interprete de linguagem de sinais, relatou que foi agredida pelos outros garotos, amarrada e ameaçada de ser afogada no vaso sanitário, caso denunciasse o fato.
Os agressores foram ouvidos pelo delegado de plantão da Delegacia do Planalto e depois seus depoimentos foram novamente colhidos pela delegada Anaide Barros, da Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente (Dea).
A policial relatou que, a princípio, o crime tinha sido classificado como tortura, porém após ouvir novamente os agressores, o procedimento foi encaminhado para o MPE como lesão corporal e injúria. “Pode ser que houve uma tortura psicológica, mas a agressão física não caracteriza tortura”, avalia.
Todos os envolvidos tem bom comportamento na escola e não tinham se envolvido em outros casos de brigas. No dia do fato, todos brincavam até que houve o excesso. Os meninos contaram que a vítima a todo momento passava por eles, dava um tapa e saia correndo. Até que os maiores se irritaram a amarraram o pequeno no banheiro e bateram nele, deixando-o no local de pés e mãos atados.
“A vítima é surda e por isso tem também dificuldade na fala. Mas, apesar da deficiência, ele é muito comunicativo e querido na escola. Perguntamos e ele não reclamou de sofrer bullyng por conta da deficiência”, afirma a delegada.
Os outros meninos também tem bom comportamento. Um deles tem envolvimento com entorpecentes, mas nunca teve problemas na escola por causa da droga.
Algumas mães reclamaram que foi um exagerado os meninos para a delegacia, mas a delegada afirma que é um procedimento padrão. A policial relata ainda que ocorrência de agressão nas escolas são comuns e que a pena pode variar desde a advertência até a internação do menor.
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