Os estudantes moradores do município de Santo Antônio do Leverger, na região metropolitana de Cuiabá, têm gasto mais de R$200 por mês para se deslocarem até a capital para estudar. Além do custo com as passagens, eles reclamam das condições do transporte coletivo intermunicipal.
Reprodução/RD News
Alunos reclamam da condição dos ônibus e preço de passagem
A empresa responsável pela operação da linha intermunicipal é a União Transporte, que, em 2013, ganhou a autorização da Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT).
Além do trajeto, os usuários ainda devem somar o tempo de espera dos ônibus das linhas comuns de Cuiabá, já que o intermunicipal não faz baldeações para além dos pontos da avenida Fernando Corrêa da Costa.
“Eu saio de casa às 16h30 e leva pelo menos uma hora pra chegar em Cuiabá. Depois ainda pego outra linha que leva à universidade e só volto para casa por volta da meia noite”, relatou a estudante de Direito Laisse Karina da Silva, de 21 anos. “Às vezes eu saio cedo da faculdade e preciso ir até o Centro, depois subir a Maria Taquara para pegar o ônibus na lateral da igreja Bom Despacho”, complementou.
A empresa União Transporte chegou a disponibilizar uma linha que atende aos alunos das universidades particulares localizadas na avenida Beira Rio. No entanto, o itinerário é feito apenas na última viagem do dia. “O ônibus pega os alunos só 22h30, é o último, só que ele passa em outros lugares antes, como em Varginha”, disse.
Além do horário do ônibus, a acadêmica chama a atenção para a condição dos veículos utilizados. “São ônibus em mal estado. Eles vão cheios, sem ar e já chegaram até a faltar gasolina”, reclamou.
Não bastasse a falta de logística, os estudantes ainda precisam desembolsar mais de R$200 para manter a rotina de estudos em Cuiabá. Em janeiro de 2014, os alunos da região metropolitana da capital conquistaram o direito de usufruir do passe livre estudantil, que vigora na Capital desde 2001, pagando o valor referente à meia passagem, sendo que em Santo Antônio do Leverger cada viagem custa R$4,85.
“A gente gasta R$4,85, porque é ida e volta, além do valor integral em Cuiabá, de R$3,60, para ir e depois para voltar. É mais de R$10 por dia”, manifestou a estudante.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Em razão dos problemas e indignação dos alunos que precisam do transporte, a estudante procurou a vereadora Giseli Paim (PTB) para solicitar apoio para a resolução dos problemas. Além dela, outros seis vereadores apoiaram a luta estudantil, sendo eles Dudu Moreira (PSB), Mauro Amorim (PSB), Ugo Padilha (PSD), Pedro Fernandes Melo, o “Perozão”, (PSD), Miguel dos Santos (PSD) e José Manoel (PSD). Além dos vereadores, o prefeito Valdir Pereira de Castro Filho (PSD) e sua base estão a favor dos estudantes.
“Eu recebi o pedido dos alunos e já estamos verificando a situação para providenciar as medidas que devem ser tomadas”, disse a vereadora. Segundo ela, os vereadores e a prefeitura trabalham juntos para buscar a melhor solução para o problema dos estudantes e avaliar até onde a administração municipal poderá ajudá-los.
A vereadora orientou os estudantes a mobilizar os colegas que também se indignavam com os problemas expostos. Foi criada, então, a Comissão de Acadêmicos Levergenses, que se juntou em um grupo de Whatsapp que conta cerca de 100 pessoas.
O grupo elaborou um ofício, entregue ao Secretário de Estado de Educação, Marco Aurélio Marrafon, na terça-feira (25). No documento, pedem uma negociação com a empresa União Transporte para a possibilidade de oferecer o passe livre 100% a todos os alunos que se deslocam à Cuiabá. Outra medida apresentada como opção, segundo apelo dos estudantes, é a disponibilização de um veículo exclusivo para estudantes, sem custo para os mesmos.
Conforme informou a vereadora, o secretário já confirmou o recebimento da demanda e sinalizou que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) iniciará estudos para encontrar uma solução à demanda dos alunos. Ele ainda teria se mostrado favorável à causa.
Para Gisele, a demanda é pertinente e os alunos deverão ter um retorno até o início do próximo semestre letivo, em julho. Enquanto isso, os estudantes deverão continuar desembolsando o valor para os estudos.
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Luana cruz 29/04/2017
Os estudantes merecem ser olhados,no momento horrivel que passamos em nosso país,com a crise e a falta de emprego,o passe livre ajudaria muito esses estudantes.Parabéns pelo empenho vereadora giseli paim e acredito que vc vai lutar junto com os vereadores e prefeito de leverger valdir castro filho.mais uma vez parabens.
1 comentários