Centenas de manifestantes ocuparam as ruas do Centro de Cuiabá na tarde desta quarta-feira (15), na região da Praça Ipiranga, para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016, que altera a idade mínima de aposentadoria e busca promover uma reforma na Previdência. O projeto foi enviado pelo presidente Michel Temer (PMDB) ao Congresso.
Com carro de som, faixas gritos de “ Fora temer, Fora Taques”, os populares se concentraram na praça e caminharam pelas ruas, em demonstração de repúdio contra "Pec da Morte" proposta pelo governo.
Com a grande movimentação no local, o trânsito ficou totalmente congestionado na Prainha e nas ruas alternativas, que dão acesso aos bairros vizinhos. O protesto durou cerca de três horas, tempo que os motoristas enfrentaram de congestionamento. Policiais militares e os agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) ajudaram a controlar o tráfego.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, o principal prejudicado na nova mudança são as mulheres que terão que trabalhar 15 anos a mais para poder se aposentar.
"Esse ainda não é o ovo da serpente. A pior parte será quando de fato entrar a reforma trabalhista, que pretende tirar todos os direitos conquistados até então", ressalta Lopes.
Já o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes-MT), Adolfo Grassi, classificou como "uma vergonha" a proposta de Temer e classificou como a "reforma do retrocesso".
"É dessa forma que os representantes do povo agradecem. Não houve estudo para realizar essa mudança. Ela não é necessária e só servirá para alimentar o ego da elite", frisou Grassi.
Conforme os sindicalistas, esta é apenas uma das ações previstas na construção de uma greve geral que atingirá todas as categorias.
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