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Cidades Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016, 07:42 - A | A

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Quinta-feira, 29 de Setembro de 2016, 07h:42 - A | A

USO DE TORNOZELEIRA

Juiz aposentado e filho são alvo de busca de apreensão e vão usar tornozeleira eletrônica

DA REDAÇÃO

O pai de João Emanuel Moreira Lima, o juiz aposentado Irênio Lima foi identificado como um dos sócios da empresa  Group Soy e teria participado de alguns dos golpes cometidos pelo grupo criminoso constituído para este fim e que tinha o filho, o ex-vereador, João Emanuel, também como sócio da empresa. 

 

Alan Cosme / HiperNotícias

gcco castelo de areia

 

Os dois investigados, Irênio e Lazáro, serão intimados a comparecer no dia 3 de outubro, às 13 horas, em audiência na 7ª Vara Criminal, para colocar o equipamento de monitoramento eletrônico. A Justiça também deu a opção do pagamento de fiança fixada em R$ 229 mil, para cada um, caso desejem não usar a tornozeleira.

 

A busca e notificação de cumprimento de medidas são realizadas por equipes policiais do GCCO, comandadas pelos delegados Flávio Henrique Stringueta e Diogo Santana Souza, e pelo delegado da Delegacia Regional, Luiz Henrique Damasceno,objetivam apreender documentos de esquemas operados pelo grupo.

 

Castelo de Areia

A operação Castelo de Areia, deflagrada no dia 26 de agosto, levou a prisão de cinco membros da organização criminosa que lucrou mais de R$ 50 milhões, por meio de crimes de estelionatos operados pela empresa Soy Group, com sedes em Cuiabá e Várzea Grande. Os suspeitos respondem por crimes de estelionatos e organização criminosa.

 

O ex-vereador e mais seis pessoas investigadas na operação já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual. Além de João Emanuel foram denunciados o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima e o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes; os empresários Walter Dias Magalhães Junior, Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal e Marcelo de Melo Costa; o contador Evando José Goulart; e o comerciante Mauro Chen Guo Quin.

 

As investigações da Polícia Civil iniciaram com denúncias recebidas pela Delegacia Regional de Cuiabá e na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), unidade que preside o inquérito policial.

 

O número de vítimas da organização criminosa ultrapassa mais de 20 pessoas, sendo que algumas ainda estão procurando a Polícia Civil para denunciar o grupo. Foram identificadas vítimas no Estado de Mato Grosso, Ceará e Bahia.

 

Um novo inquérito policial foi instaurado, dentro da segunda fase da investigação, e já estima prejuízo de mais R$ 1 milhão, para sete vítimas ouvidas até o momento.

 

Investigação

A investigação apura crimes de estelionatos praticados pela organização criminosa, que age em todo o Estado de Mato Grosso aplicando variadas formas de golpes, deixando prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões para quatro vítimas identificadas, inicialmente no inquérito policial. Depois da deflagração da operação novas vítimas apareceram para denunciar o grupo. 

 

Uma parte do esquema consistia na promessa de captação de recursos de bancos no exterior, a juros reduzidos, para quais as vítimas tinham que antecipar valores para pagamento dos empréstimos. “Para que essa vítima conseguisse o dinheiro tinham que fazer depósitos para garantir a abertura da conta, às vezes até seguro para esse dinheiro sair”, explicou o delegado do GCCO, Diogo Santana.

 

Em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões. “João Emanuel teria até traduzido o idioma da China, fazendo uma verdadeira farsa. Intérprete sem entender muito do mandarim”, disse o delegado Luiz Henrique Damasceno.

 

Algumas vítimas chegaram a viajar ao Chile, com tudo montado pelos estelionatários para transparecer segurança de um empréstimo seguro naquele país. Para conseguir tal captação o grupo exigia a antecipação do dinheiro como garantia do empréstimo. Nesse caso, uma vítima sofreu um prejuízo de mais de 300 mil reais.

 

As investigações apontam que a empresa Soy Group, com aparência imponente, é sucessora da empresa ABC SHARE que foi vedada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de continuar a atuar no mercado imobiliário. Fato este, que motivou a criação da empresa Soy, com o único objetivo de continuar com a aplicação dos estelionatos.

 

De acordo com o delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, o que chamou muito a atenção da investigação foi à forma que os membros se organizaram para cometer os crimes. “A estrutura que montaram para convencer as vítimas, para ludibriá-las a cair nessa tentação de golpes. Chegaram a alugar um prédio de cinco andares numa área nobre da cidade e lá apenas quatro salas estão sendo utilizadas, com apenas oito funcionários trabalhando ali. Para que o golpe fosse realmente concretizado pediam todo tipo de garantia. As pessoas realmente achavam que era uma coisa séria pelo tanto de documentos que eles apresentavam”, salientou.

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