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Cidades Sábado, 16 de Abril de 2016, 17:21 - A | A

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Sábado, 16 de Abril de 2016, 17h:21 - A | A

CARNE DE MATO GROSSO

Indea estuda fim da vacinação contra febre aftosa para conquistar novos mercados

RAYANE ALVES

Representantes do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) participaram da 43ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa 43), que aconteceu em Punta Del Este, no Uruguai. O encontro tem intuito de retirar as doses que previnem a Febre Aftosa na América do Sul.

 

Reprodução

febre aftosa

Mato Grosso está livre da febre aftosa há 20 anos; Indea propõe acabar com vacinação

De acordo com o presidente do Indea, Guilherme Nolasco, no evento foi apresentado o panorama dos cinco anos de execução da última fase do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), cujo objetivo é exterminar a doença até 2020. Além disso, deve entrar em discussão o banco de imunização de Mato Grosso, que deverá ser utilizado frente a um eventual foco.

 

Na avaliação de Nolasco, retirar a imunização das mais de 29 milhões de cabeças de gado não representa nenhum risco para os animais, já que a região Centro-Oeste completa, em 2016, 20 anos sem registro da febre aftosa.

 

“Mesmo assim a gente continua vacinando, porque, ao mesmo tempo em que vacina, se mede a circulação viral com a amostra de sangue. Porém, nós não temos a presença do vírus há 20 anos”, afirmou.

 

Do ponto de vista epidemiológico, o presidente explicou que não é que Mato Grosso tem a doença e, por isso, deve vacinar. Na verdade, como se trata de uma doença infecciosa, a vacina não elimina o foco, mas faz com que a probabilidade de propagação seja menor caso aconteça algum surto.

 

“Se houvesse a circulação viral dentro do nosso estado, mesmo vacinando haveria foco da doença. Para ter uma ideia, quando a pessoa vacina de gripe não é que ela não vai ter gripe porque vacinou, mas é um mecanismo que pode ajudar no controle”, destacou.

 

Conforme Guilherme, alguns países do mundo desconfiam que Mato Grosso não tenha foco do vírus há tantos anos porque ainda continua vacinando.

 

“O fato de não ter o registro do foco e continuar vacinando gera desconfiança no mercado mundial. De fato não temos. Mas tem países como Venezuela, Guiana Francesa e Suriname que têm problemas pontuais de foco, assim como Amazonas, Amapá e Roraima”, disse.

 

Assessoria

guilherme nolasco - indea

Presidente do Indea, Guilherme Nolasco acredita que fim da vacinação irá abrir novos mercados para a carne mato-grossense

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Guilherme disse que foi apresentado um manual com os procedimentos que devem preceder a retirada da vacinação até em 2020. Caso seja firmado o acordo, os produtores mato-grossenses passarão a economizar mais de R$ 120 milhões ao ano com as doses.

 

“A gente começa a medir a análise de riscos, circulação viral, custos, fiscalização de trânsito e abertura de novas barreiras para saber se o projeto vai funcionar. Além da economia no custo da vacina, outros prejuízos advindos, como por exemplo, o manejo do gado que acaba batendo no curral e formando hematomas, as percas que são geradas após a vacinação também serão evitadas”, pontuou.

 

Para atingir esse objetivo, o Estado terá que assumir uma responsabilidade maior no setor produtivo, já que tira do produtor o dever de vacinar.

 

“Não faremos isso sozinhos, porque precisamos da participação do Governo Federal, dos estados e principalmente do setor produtivo. Principalmente porque ele precisar estar junto na construção do trabalho, não tem como escrever políticas públicas isoladamente. Além disso, o setor produtivo deve arcar com os fundos de sanidade, mas é uma conclusão que só depois de descrito o trabalho nós vamos conseguir ajuizar os resultados”, falou.

 

BENEFÍCIOS 

Apesar das incertezas, Nolasco acredita que o fim da vacinação poderá favorecer o estado e ajudar a conquistar novos mercados. Ainda hoje, Mato Grosso ainda não consegue vender para alguns países exatamente porque vacina o gado.

 

“Esse benefício pode ir mais longe e impactar na cadeia da suinocultura, porque a aftosa é temida, já que nenhum país quer correr o risco de ter os focos”, analisou.

 

A tendência é que, uma vez que consega atingir outros mercados, a carne de Mato Grosso passe a ser mais valorizada. O produto já tem um perfil de boa qualidade e volume, porém ainda falta melhor preço.

 

“Uruguai, Estados Unidos e a Austrália têm o melhor preço. O Brasil é um país de grande produção, mas ainda precisamos avançar em questões de status sanitário, rastreabilidade e qualidade”, finalizou.

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