Historiador destaca o povo cuiabano no crescimento da cidade e critica classe política

Ao fazer uma reflexão sobre o aniversário de 298 anos de Cuiabá, o historiador Pedro Félix destacou a força do povo cuiabano no crescimento da cidade e criticou representantes políticos.

 

Ele reconhece que Cuiabá teve lideranças como Dante de Oliveira, o “Pai das Diretas Já”. Contudo, observa que os profissionais sérios e anônimos é que merecem ser reverenciados pela contribuição dada ao longo dos quase 300 anos da cidade.

“Os trabalhadores da limpeza pública, os bons motoristas de ônibus e táxi, os bons médicos, os bons professores, o servidor público que trabalha bem, todos os profissionais que fazem pela cidade no coletivo”, frisou.

Félix argumenta que Cuiabá carece de bons representantes políticos, principalmente na Câmara de Vereadores, que, para ele, é mais conhecida pelos escândalos do que por serviços prestados.

“Fico com vergonha dos representantes. Eles propõem projetos inúteis, de dar risada. Chego a pensar que a Câmara Municipal não tem utilidade”, pontuou.

O historiador avalia que os desafios do atual e dos próximos prefeitos é levar a sério a qualidade e a ampliação de serviços básicos, como o de saneamento, Educação Pública e da mobilidade urbana.

Para ele, em pleno século XXI e em pleno tricentenário da cidade, a água encanada, a rede de esgoto e o asfalto já deveriam ser para todo mundo, mas continua a atender apenas os bairros de classes média e alta.

“Dentro dos padrões de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) já deveríamos ter superado isso”, defendeu. O IDH é a medida de comparação do desenvolvimento entre os países e analisa diversos fatores, cobertura dos serviços básicos, renda per capita, dentre outros.

“A educação pública tem que avançar, ser melhor ou pelo menos se igualar às particulares. A educação pública, entre aspas, atende a todos, mas não oferece qualidade”, avaliou.

Ele destaca que Cuiabá é uma metrópole regional, com pessoas do mundo inteiro, mas que ainda enfrenta problemas de mobilidade. “Cuiabá precisa dar um salto de qualidade, pensar em uma engenharia de transporte e uma malha viária de qualidade. Quando se trata de trânsito, os gestores só pensam na indústria da multa”, observou.

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