Começa nesta terça-feira (11) a encenação sobre a via sacra, crucificação e ressurreição de Jesus Cristo. O evento, que acontece em Cuiabá há 10 anos, é promovido pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência (Setas), que espera um público de pelo menos 10 mil espectadores por noite, no espaço Sesi Papa.
Jana Pessôa/Setas-MT
Evento começa nesta terça-feira (11) no espaço Sesi Papa
Serão seis dias de evento a partir das 20h com entrada grátis. Além do espetáculo, serão montadas feiras de exposição artesanal e praça de alimentação.
Assim como foi o ano passado, o papel de Jesus Cristo será novamente encenado pelo ator global Henri Castelli, que já está em Cuiabá se preparando para o espetáculo. Na tarde de segunda-feira (10), em entrevista coletiva aos jornalistas, o ator declarou que essa interpretação lhe garante uma limpeza espiritual e exige um bom preparo físico e psicológico. Também ressaltou a qualidade da estrutura fornecida pela organização do evento e elogiou a iniciativa de inclusão social.
"Estive ontem no local, a montagem da estrutura está sendo bem feita e haverá o entretenimento ao redor", disse Castelli. Ao ser questionado sobre a facilidade em interpretar Cristo o ator rebateu, "Nunca é fácil, cada interpretação é de uma forma. Fico emocionado da hora que chego até hora que vou embora".
O secretário de Trabalho e Assistência Social, Max Russi, pontuou os benefícios do evento como a geração de emprego. O executivo confirmou que serão interados 650 empregos diretos e 400 indiretos. Além da inclusão social de indígenas e haitianos, e a economia nos gastos com figurino e serviços de cenário pela utilização de voluntários reeducandos. "Foram 600 mil em economia esse ano, somente com ações conjuntas com a Fundação Nova Chance que nos forneceu auxílio através dos reeducandos".
O bispo emérito do Estado de Mato Grosso, Dom Milton Santos, fará uma oração de abertura do espetáculo que deverá ter como público predominante católico. O bispo elogiou a atuação de Castelli, bem como dos atores coadjuvantes e citou a relevância de uma peça como essa para a lembrança do real sentido da páscoa.
"A emoção de ver a atuação transmite paz, transmite a energia divina que o espetáculo requer. O público fica hipnotizado, vidrado no momento que assiste. O vestuário, o cenário, tudo vai proporcionar uma viagem no tempo dentro da semana santa. É um momento de evangelização, de reconhecimento do sofrimento, das dores do mundo. Em meio a tantas guerras, conflitos, é interessante que percebamos que tudo gira em torno da história de Jesus", concluiu o bispo. (Colaborou Beatriz Garcia Marques)
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