Grupo promove ato em protesto pela morte de vereadora no Rio

O coletivo Teresa de Benguela organiza uma mobilização em homenagem e protesto pela morte da vereadora Marielle Franco, na noite dessa quarta-feira (14), no Rio de Janeiro. O ato será na Praça Ipiranga, em Cuiabá, a partir das 18 horas, dessa quinta-feira (15).

Reprodução

 Marielle foi morta a tiros

Difundido nas redes sociais, o ato tinha cerca de 400 confirmações até a tarde dessa quinta-feira. “Marielle não foi a primeira e nem será a última à ser levada por lutar pelo mundo em que acreditava. Marielle se foi, mas sua luta continua”, diz a convocação do grupo.

O  grupo Mulheres Negras de Cuiabá, publicou nota de repudio pelo assassinato da parlamentar, a qual classificou como “uma clara ação de extermínio”. Afirma ainda que a morte de Marielle foi motivada por sua conduta ativa na militância contra a violência principalmente que atinge as mulheres negras.

“Somos as que mais morrem, vitimizadas pela violência direta, como Marielle, e pela indireta, pela ausência de políticas públicas que dêem conta de nossas demandas”, diz a nota.

No documento, a o grupo ressalta que, apesar de chocante, não há surpresa no crime, visto que as mulheres são principal alvo da violência. Porém, cobra punição para os autores do homicídio.

“Falamos, aqui de Cuiabá (MT), para todo o mundo, para que este crime não fique impune. Pedimos a punição dos assassinos e a responsabilização do Estado, bem como a garantia da livre expressão de todas as mulheres, em especial às mulheres negras, as mais invisibilizadas”, finaliza.

Confira nota

O Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso vem a público manifestar sua indignação, revolta e repúdio à execução da vereadora e socióloga negra Marielle Franco, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (14), uma clara ação de e extermínio. A vereadora do PSOL era reconhecida por denúncia contra o genocídio de jovens negros nas ações policiais, entre elas a última denúncia feita por ela, a respeito da violência praticada na região do Irajá, na comunidade de Acari. “Parem de nos matar”, escreveu ela. A resposta veio com os tiros.

A jovem mulher guerreira, que representava esta nova geração de feministas negras aguerridas que estão enfrentando de peito aberto o sistema capitalista financeiro e sua lógica mortal, que tem nas mulheres negras um de seus principais alvos, desde sempre. Somos as que mais morrem, vitimizadas pela violência direta, como Marielle, e pela indireta, pela ausência de políticas públicas que dêem conta de nossas demandas.

Este assassinato não nos surpreende, embora nos revolte e nos choque, pois sabemos serem as mulheres negras as mais subalternalizadas socialmente. É histórico. Isso não significa, contudo, que nos calaremos. Falamos, aqui de Cuiabá (MT), para todo o mundo, para que este crime não fique impune. Pedimos a punição dos assassinos e a responsabilização do Estado, bem como a garantia da livre expressão de todas as mulheres, em especial às mulheres negras, as mais invisibilizadas!

A resposta veio em tiros e nossa será dada com luta. Nós, mulheres negras de Cuiabá gritamos em favor de Marielle, e disponibilizamos, por meio do Imune, nossas condolências e nossa força à família desta brilhante militante jovem e a todas as mulheres negras brasileiras.

Não ao genocídio de negros e negras no Brasil. Não vamos nos calar #Paremdenosmatar!

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.