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Cidades Sábado, 15 de Abril de 2017, 11:04 - A | A

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Sábado, 15 de Abril de 2017, 11h:04 - A | A

PRIMEIRO PREFEITO DE PARECIS

Fundador de Campo Novo relata crescimento da cidade: "da mata ao boom da soja’

RAYANE ALVES

Novembro de 1974. Sol escaldante, mato e muito cerrado. Essa foi à primeira visão que Zeul Fredizzi 77 anos, teve nas terras de Campo Novo do Parecis (município distante 397 km de Cuiabá), quando chegou com a esposa e dois filhos pequenos, sendo um com um ano e outro de cinco, para explorar o que o solo tinha de melhor para lhe dar.

  

Reprodução

fundado de campo novo de parecis

 

Apesar de a região ser pacata, Zeul teve um olho empreendedor e decidiu não voltar mais com a família para o Rio do Sul. Mas, a mulher via que a região não tinha moradores e o lugar era vazio. Com isso, passou a olhar para o céu e clamar a Deus para olhar por ela.

 

O tempo foi passando e Zeul com os compadres decidiram arrumar um trator para abrir as estradas. Daí surgiu em 1975, Ary Krampa, que ofereceu uma sementinha de soja trazida do Paraná, para fazer o teste se conseguiria vingar o plantio.

 

Zeul plantou. E, todos os dias conversava com a sementinha para ela crescer, florescer e dar o que comer para seus filhos, pois tinha chegado em Campo Novo do Parecis sem recurso e sem terra.

 

A vontade de crescer era tanta que as coisas foram se ajeitando. Depois de limpar algumas áreas e abrir estrada de chão, representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) o chamaram para uma conversa e oferecer um pedaço de chão.

 

O primeiro ‘lote’ foi demarcado para a família Fredizzi com 2 mil hectares. “Custou uma cerveja por hectare e o ministro da agricultura me deu os documentos e conquistei a posse. Passei a plantar tudo. Milho, soja, arroz. Porém, naquela época a agricultura era feita apenas com o conhecimento, pois a tecnologia era zero. Se a gente colhia 30 sacos de soja estava ótimo. E, de repende chegou o boom da soja nas terras de Campo Novo nos fazendo virar referência”, lembrou.

 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

exposição parecis super agro

 

Aos 33 anos Fredizzi contou que além das terras ele alcançou muitos amigos. Sendo o primeiro deles que doou uma semente de soja.

 

“Depois disso, a plantação explodiu e quem estava em outras cidades queria também terras. Veio gente de tudo quanto era canto do Brasil. Mas, nem o pessoal da fiscalização sabia o que era soja. Fato que contribui para alavancar a produção”.

 

Primeira igreja e escola

Ao HiperNotícias, o produtor lembrou que foram diversos sonhos e conquistas. Ele lutava e acordava cedo todos os dias que acabou fundando a primeira igreja e escola do município.

 

Na simplicidade de suas palavras, ele relembrou que com isso conquistou ainda mais a confiança das pessoas que moravam na região. Nisso, foi indicado como o primeiro prefeito.

 

“Na época as dificuldades eram muitas. Tínhamos um motor para energia elétrica, dois poços artesianos e o encanamento entre as casas eram de mangueira preta”.

 

Em comparação com a atualidade, o ex-prefeito analisa que as terras de Campo Novo mudaram muito. De pacata, virou referência em algumas plantações que é responsável por 10% da produção Centro-Oeste.

 

“Podem existir terras boas em outros lugares. Mas, como em Campo Novo não tem. Temos dois fatores garantidos que é o sol e o outro é a chuva que nunca falta. Podemos perder produto por causa de muita chuva. Igual aconteceu da última vez. Eu, por exemplo, tive prejuízo de R$ 3 milhões. Mas, nunca perdemos a esperança e sempre pensamos que vamos recuperar no próximo ano”.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

exposição parecis super agro

 

Produção

De apenas 30 sacos de soja, os filhos de Zeul Fredizzi, hoje maior herdeiros do patrimônio da região, recolhem mais de 150 mil sacas de soja. São 80 funcionários na fazenda para dar conta do trabalho.

 

“A gente conhece todo mundo. Montamos associações, sindicatos, entidades e tudo que poderia beneficiar o produtor rural. E, hoje conseguimos ser referência. Não poderia ter feito coisa melhor que essa. Sem contar que também temos a maior feira de agrotecnologia da região. Sou grato por participar dos 29 anos desta terra que me deu o melhor. Entramos para a história”, comemorou.

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Curimbata 16/04/2017

Mais respeito com os que já estavam na t A. ntes desse plantador de soja chegar a Campo Novo,. Muita gente já tava lá, não somos idiotas de acreditar nessa matéria. Mais respeito com os índios pareci, antigas famílias , como a Malheiros, Campos, e Rpdrigues.

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