Cinco tiros em plena Avenida Rubens de Mendonça (CPA), às 08h15 da quinta-feira 11 de fevereiro de 2016. Resultado: duas mortes. Oito meses se passaram do duplo homicídio.
Max Aguiar / HiperNotícias
Edézio foi executado junto com Jhonny Muller às 08h15 de uma quinta-feira na Avenida do CPA
Apesar da morosidade pela conclusão do caso, a principal linha de investigação aponta para acerto de contas. Segundo a delegada Silvia Pauluzzi que atendeu a ocorrência, Edézio Pedro Nascimento da Fonseca, 50 anos, traficante conhecido do bairro da Manga, tinha ido resgatar sua motocicleta que havia sido furtada e o autor do roubo havia cobrado recompensa para devolver o veículo.
Para arrumar a moto, que estava numa região do CPA, Edézio levou um mecânico de motos. O traficante estava na garupa da moto quando foi emparelhado por outros dois homens, também em uma moto, e da garupa atirou cinco vezes e fugiu sem ser identificado.
Edézio morreu no local e o mecânico Jhonny Muller chegou a ser levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá mas acabou morrendo ao dar entrada na ala vermelha da unidade médica.
O que mais chama atenção é que nenhuma câmera da região conseguiu identificar o crime. O homicídio foi registrado a poucos metros do Centro Político Administrativo.
A Polícia concluiu rapidamente que o crime teria sido um acerto de contas. Edézio seria o único alvo, porém Jhonny Muller morreu por estar no local errado com a pessoa errada.
Alan Cosme/HiperNoticias
Delegada Silvia Pauluzzi confirmou que todos os crimes em seguida a morte de Edézio possui a mesma ligação
“Estamos investigando, porém o Jhonny estava na hora errada no lugar errado. Sabemos que ele era trabalhador, tinha empresa, mulher e filha. Ainda preciso investigar muita coisa. Não posso afirmar nada, por enquanto. Sei que ele saiu de casa para ajudar o Edézio, prestar um serviço e acabou assassinado”, disse a delegada Silvia Pauluzzi, à época.
Hoje quem assumiu o inquérito é a delegada Alana Cardoso. Ela preferiu não comentar sobre fatos, apenas confirmou a morte de Edézio com outros crimes ocorridos no bairro da Manga, em Várzea Grande.
“Poderia ser uma rixa por tráfico de drogas. Estamos falando de ponto de venda, mando no bairro”, comentou a delegada. O crime na Avenida do CPA está sendo elucidado por uma força tarefa da DHPP.
Fontes do HiperNotícias confirmaram que a morte do traficante na Avenida do CPA foi cometida pela mesma pessoa que matou sua mãe e o seu primo. A mãe de Edézio, Alzira Nascimento Fonseca, 70 anos, foi executada com cinco tiros, na porta da sua casa, também no bairro da Manga.
Ela estava varrendo quando homens em um carro preto passou pela rua e o que estava no banco do carona colocou o braço e fez os disparos.
Alzira morreu no dia 29 de fevereiro e há suspeita de que ela comandava o ponto de droga na ausência de Edézio. Dois dias depois, o primo de Edézio, identificado como Rodrigo Fonseca, o Rodrigão, estava bebendo com amigos no bairro da Manga quando foi executado.
Ele levou cinco tiros e permaneceu sentado onde estava bebendo. “Todos esses casos estão na mesma esteira. O que podemos adiantar é que todos os crimes serão concluídos em breve. Temos uma força tarefa cuidando dos casos”, frisou Alana Cardoso.
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