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Cidades Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 16:46 - A | A

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Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 16h:46 - A | A

CRIME QUASE PRESCREVEU

“Ficamos na esperança de o pegarem”, revela família de caminhoneiro morto há 19 anos

CAMILLA ZENI

Quase duas décadas se passaram até que o assassino do caminhoneiro Getúlio Carlos Antunes Rodrigues, morto em 1998 com seus 43 anos, fosse localizado e preso pela Polícia Civil. Em todo esse tempo, a família manteve a esperança de que a Justiça fosse feita.

 

Montagem/PJC

policia civil edegar

 

A vítima era do sul do país e trabalhava como caminhoneiro em Mato Grosso, transportando soja pelo estado. Conforme a família, em seu último contato, ele relatou sobre a próxima viagem de transporte que iria fazer. Depois, sumiu. Os parentes, preocupados, acionaram as autoridades. No entanto, ele não foi encontrado, até que, 20 dias depois, um corpo foi localizado em uma plantação de soja de Campo Novo do Parecis (distante cerca de 400 km de Cuiabá).

 

Sem identificação, e já em estágio de decomposição, o homem acabou sendo enterrado como indigente, até que se descobriu, então, que se tratava de Getúlio, que havia deixado seis filhos, sendo que a mais nova tinha apenas um ano de vida. Feitos a exumação do corpo e os trâmites legais, a família buscava respostas. A Polícia Civil investigava.

 

A angústia

Após anos do caso, a família, intrigada, procurou por informações. “Ficamos na esperança de pegarem o criminoso”, revelou um familiar ao HiperNotícias. À época, o assassino já havia sido identificado. Era Edegar da Costa Ribas. No entanto, o criminoso nunca foi pego pela polícia. Por 19 anos, ele viveu com um mandado de prisão em aberto.

 

Com medo da prescrição do crime, que é possível após 20 anos do caso, conforme o artigo 109 do Código Penal, a família entrou em contato com a delegacia de Campo Novo do Parecis, que disse não ter registro do caso. “Falaram que não havia nenhum crime do tipo e nós ficamos sem entender. Como não havia?”, se recordou.

 

A família, então, iniciou uma nova luta e procurou a ouvidoria da Polícia Civil. “Falaram que iriam pesquisar, investigar, mas não demos crédito”, confessou o familiar. “Semana passada, então, nos ligaram informando que haviam localizado o cara lá no nordeste”. “A gente nem queria vingança, perseguir o cara ou nada do tipo. Simplesmente queríamos saber o que foi feito do caso”, contou. “Parece que ele até tem uma empresa, é conhecido na cidade lá. A nossa esperança é que se faça Justiça, que ele não fique impune então”, finalizou.

 

A investigação

O delegado Jefferson Dias Chaves, que assumiu a ouvidoria em junho deste ano, assumiu o caso e, junto da equipe, passou a procurar informações. “A preocupação era justamente porque o crime ia prescrever”, relembrou. A equipe da ouvidoria procurou o inquérito do caso em diversas delegacias da região, até que a família enviou a documentação necessária. “Ficou mais fácil”, disse.

 

Com o auxílio dos documentos, a equipe conseguiu dar prosseguimento ao caso. “Juntamos a representação de prisão preventiva, que tinha sido expedida na época, e entramos em contato com a Polinter. No entanto, a delegacia do Piauí não fez a prisão porque continha erro no nome (do acusado)”.

 

“Foi um trabalho gigantesco porque… imagina ter que localizar documentação de 1998? Mas falamos com o Fórum de Campo Novo e solicitados correção no mandado”, contou o delegado. Com o novo documento, o assassino foi finalmente preso. “Foi graças à procura da família que conseguimos cumprir com o papel da polícia. Olha a importância que é você ir atrás da informação. Basta nos procurar, que a ouvidoria está pronta para trabalhar”, finalizou.

 

Edegar, que possui mandado também por estelionato, foi preso na última quinta-feira (21), no Estado do Piauí. Conforme a legislação, o tempo para a prescrição do crime, quando ainda não estiver em julgado, é de 20 anos. Portanto, a tramitação processual precisa correr em menos de 12 meses para que a Justiça, tão desejada pela família, seja feita.

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