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Cidades Domingo, 09 de Julho de 2017, 10:25 - A | A

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Domingo, 09 de Julho de 2017, 10h:25 - A | A

“SALVE, JORGE”

Estudantes se mobilizam para ajudar amigo com tumor raro e lançam ações

CAMILLA ZENI

Jorge Luis Alves, de 22 anos, é estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, há pelo menos seis meses, também carrega o título de paciente de diversos hospitais. Ele foi diagnosticado, em dezembro de 2016, com glioblastoma de grau 4, um tipo raro e agressivo de tumor que afeta o cérebro. Desde então, o rapaz tem enfrentado uma verdadeira batalha pela vida.

 

Arquivo Pessoal/Facebook

salve jorge

Jorge estuda Jornalismo e é repositor em um supermercado

Ele já foi operado uma vez, mas, no início de junho, o sofrimento recomeçou. Agora, o novo tumor já mede sete centímetros. Jorginho, como é chamado pelos colegas, será operado novamente na próxima quinta-feira (13). Para ajudar no seu tratamento, os colegas da faculdade organizaram uma série de ações e precisam do apoio da comunidade.

 

A família do estudante não tem condições: o pai está afastado do serviço e recebe seguro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a mãe trabalha como gari. Jorge trabalhava como repositor em um supermercado, e teve dois irmãos gêmeos: a irmã morreu aos 13 anos em função de um câncer, e o irmão Valdomiro, de 21 anos, foi assassinado há duas semanas, vítima de um assalto.

 

“Salve, Jorge”

Em razão da série de adaptações que são necessárias para garantir o bem estar do estudante, os colegas da faculdade mobilizaram a campanha “Salve, Jorge”.

 

Uma página no Facebook traz todas as ações que estão sendo preparadas em prol do estudante. A primeira atividade do grupo foi a promoção de uma rifa solidária. Pelo valor de R$2, os amigos ofertam uma cesta de chocolate e um ensaio com a fotógrafa Vitória Molina. O sorteio será realizado no dia 24 de junho e os números podem ser adquiridos na UFMT ou em contato com os organizadores pelo telefone (65) 99320-8316.

 

Outra ação recém lançada foi a doação direta, demanda da própria comunidade. As doações caem diretamente na conta da mãe de Jorge, que, em razão da doença do filho, está afastada e sem remuneração.

 

 

Para doar, basta depositar qualquer valor na conta abaixo:

 

Banco: Caixa Econômica Federal (CEF)

Favorecido: Joana Vieira dos Santos S

CPF: 002.302.581-66

Agência: 016

Conta: 57462-6 (Operação 13 - poupança)

 

Reprodução

salve jorge

 

Entenda a história

O estudante foi diagnosticado pouco antes do Natal, em 22 de dezembro. Antes de viajar com a família para visitar parentes que não via há anos, ele sentiu fortes dores de cabeça, a ponto de ser encaminhado para uma unidade médica. Depois de medicado, seguiu viagem de Cuiabá até Floriano, uma cidadezinha no interior do Piauí onde moram seus parentes.

 

Ao chegar na cidade, as dores recomeçaram e ele, novamente, procurou atendimento. No centro médico, o rapaz foi diagnosticado com aneurisma. No entanto, como a unidade não dispunha de equipamentos necessários para a confirmação, foi transferido a Teresina para uma tomografia. Com o novo exame, a notícia inesperada: na realidade, se tratava de glioblastoma, um tipo de tumor que afeta o cérebro. Sua doença já era agressiva e foi classificada como grau 4, isto é, o nível mais avançado.

 

Jorge, um rapaz alegre, jovem, comunicativo, não era o tipo de paciente com perfil da doença. No Brasil, a incidência de casos não chega a 150 mil por ano, o que classifica a doença como rara. Conforme o Hospital Israelita Albert Einstein, a faixa etária da população atingida pelo câncer é maior a partir dos 41 anos.

 

Surpresos, os médicos agilizaram a operação para a retirada do tumor, realizada no dia 4 de janeiro, no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua recuperação foi rápida e reanimou a família, que estava preocupada com os riscos da cirurgia. Após um dia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Jorge já pode mudar de ala e receber visitas.

 

O tratamento da doença exigia radio e quimioterapia. No Hospital São Marcos, o estudante conseguiu realizar a radioterapia. Já a quimio, que deve ser feita com medicamentos, exigiu esforços triplicados da família. Por meio da Defensoria Pública do Piauí, Jorge garantiu o direito de ter acesso aos remédios. No entanto, as autoridades alegaram não dispor do medicamento e ele não conseguiu finalizar o tratamento.

 

Após ser operado, Jorge permaneceu no Piauí, com a família, tentando resolver as questões de tratamento por algum tempo. 

 

Do fim ao recomeço

 

Enquanto Jorginho permaneceu internado no hospital, a família passou por dois momentos decisivos em suas vidas. No dia 25 de junhjo, a mãe do estudante, que havia passado a noite no Hospital, aguardava pela chegada do irmão, Valdomiro. A troca de visitantes era feita logo após o almoço, por volta das 13h. No entanto, naquele dia, o rapaz nunca chegou.

 

Preocupada, a genitora entrou em contato com Izabel Guarin, em Cuiabá. Ela é evangelizadora em um centro espírita do bairro Jardim Liberdade, onde a família de Jorginho mora, e convive com todos desde que os meninos eram pequenos.

 

Reprodução

salve jorge

 

Ao HiperNotícias, ela contou que ficou preocupada, já que desaparecer sem deixar notícias não era característico de Valdomiro. No fim do dia, um choque: o irmão de Jorge foi vítima de um assalto enquanto ia para o hospital e acabou assassinado com um tiro na cabeça.

 

Não bastasse todo o sofrimento da família, mais notícias ruins vieram. Os médicos de Teresina se recusaram a operá-lo. “Eles simplesmente desistiram”, lembrou Izabel, que, a essa altura, já estava no Piauí para dar suporte à família.

 

Atendendo pedido do rapaz, e já sem condições de permanecerem fora de casa, a família retornou à Cuiabá e foi aqui que teve a esperança renovada: encontraram, não apenas um médico que estivesse disposto a operar, como também receberam a doação de algumas caixas dos medicamentos de quimioterapia.

 

Segundo Izabel, a próxima cirurgia já possui tudo encaminhado. Jorge fez exames durante a semana e recebeu apoio dos amigos. A esperança é de que, na próxima quinta-feira (13), tudo corra bem, para que ele possa voltar à vida normal.

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Wagner Vardasca 09/07/2017

Os colegas de trabalho dele também estão empenhados e solidários, fizeram uma rifa para ajudar a família. Deus abençoe.

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