Do velho conto infantil “João e Maria”, o casal traz duas semelhanças: os nomes e os doces. Na história, os personagens eram irmãos. Aqui, buscam tornar-se um só, unidos pelo matrimônio. Para alcançar o objetivo, os “pombinhos” se aventuram por Cuiabá, sem vergonha ou “tempo ruim”, vestidos de noivos, vendendo doces nos semáforos.
Aqui, estamos falando de João Paulo, de 22 anos, e de Maria Rafaela, de 19. A história do casal, também remete aos tempos da infância, quando se conheceram, e, sem nem mesmo entender, se apaixonaram.
“A gente sempre se gostou bastante”, comentou Maria. “Nós éramos amigos, e, na verdade, desde a primeira vez que a gente se viu a gente já sentiu aquela coisa especial um pelo outro, não sei explicar”, completou.
O sentimento é replicado em João, que se lembra da primeira vez que viu Maria. Ela estava com as colegas na quadra de esporte da escola, jogando bola, quando o rapaz se aproximou. Desde a viu, não parou de pensar na menina.
“Desde aquele dia eu comecei a me aproximar. O pessoal falava ‘ah, dois namoradinhos’, e a gente foi crescendo com isso dentro de nós”, lembra João.
Como eram crianças, o casal não podia namorar como hoje. Então, andavam juntos, pegavam na mão e era isso. Esse era o namoro. Segundo João, nem quando entraram na adolescência, aos 15, 16 anos, puderam ficar juntos formalmente. “Nossos pais não deixavam, primeiro porque éramos novos e, mesmo depois, continuou a restrição”.
Conforme o tempo passava, o sentimento de criança ainda persistia. O casal foi crescendo, cada um para uma escola, mas sempre mantendo contato.
Quando João, aos 18 anos, se tornou missionário de sua igreja, se mudou para São Paulo, onde permaneceu por dois anos, para trabalhar voluntariamente pregando o evangelho. Mesmo nesse tempo, Maria continuava apaixonada, mandando cartas e emails.
“Era difícil porque a gente não podia usar rede social, só nos comunicavamos por cartas e emails mesmo. Mas fomos conversando e conseguimos nos conhecer ainda mais”, revelou João.
Foi em 2016, quando, aos 20, João retornou para Cuiabá, procurou os pais de Maria e a pediu em namoro. “A gente já vinha alimentando isso por muito tempo, então foi uma oficialização. Porque não podíamos antes”, contou.
Recentemente, João retornou à São Paulo para visitar os amigos que fez no tempo em que trabalhou por lá. Na ocasião, uma irmã lhe perguntou sobre seu casamento. Desiludido, ele comentou que havia acabado de sair de um emprego e, portanto, casar seria difícil. Foi, então, que a colega mencionou um fato interessante que viu no trânsito paulista: um casal, que dizia em uma placa “Me Ajude a Casar”.
Os jovens paulistas vendiam água. João e Maria apostaram nos doces. Além disso, deram nova roupagem ao trabalho, saindo pelas ruas caracterizados como noivos. A sogra fez o vestido da noiva, e João reaproveitou seu terno.
A dupla, moradora do bairro São João Del Rey, vem rodando, a um mês e meio, as grandes avenidas da cidade, começando pelo semáforo em frente a Universidade Federal de Mato Grosso, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, passando pela Historiador Rubens de Mendonça, e, mais recentemente, Avenida Mato Grosso.
Por semana, eles produzem mil doces, sendo cocadas cremosas e pirulitos, para vender. Apenas com o dinheiro do primeiro mês, eles conseguiram investir em uma máquina que rala coco, já que desprendiam muito tempo nessa atividade.
A expectativa é de que recuperem o investimento e consigam realizar o sonho de se casar, com data já pré agendada para julho de 2018.
Para ajudar os noivos, basta adquirir os doces, que estão a venda por R$1, e é bem fácil reconhecê-los.
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maria 29/06/2017
Giltinho, João eMaria estarão hoje na Festa de São Benedito para vender seus doces. Apareça por lá. Encontrei os dois na rua, são simpáticos, merecem. Uma sugestão, colocar os docinhos em uma sacolinha mais bonita. Eles estão enrolados em papel alumínio. Mas são deliciosos. AMEI. Colaborem pessoal. Boa sorte João e Maria.
vladimir palma 27/06/2017
parabensa sucesso assim vcs irão longe não so no casamento mas em emprendimento
Gilstinho 25/06/2017
Sugestão. Quando ao jornal faz um serviço utilidade de ajuda, pelo menos peca o tel celular deles. Como nós vamos ajudar se não tem nenhum meio de contatos.
3 comentários