Deputados visitam Pronto-Socorro e constatam falta de estrutura e superlotação

“É humanamente impossível atender a todos os pacientes”, observou o deputado estadual Dr. Leonardo Albuquerque (PDT) em visita ao Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) na tarde desta quinta-feira (6). Em coletiva à imprensa, que não pode acompanhar a caminhada dentro da unidade hospitalar, ele destacou que a unidade recebe muito mais casos do que a estrutura consegue suportar.

Alan Cosme/HiperNoticias

Comissão da ALMT visita Pronto Socorro e constata superlotação

As Comissões de Saúde, Assistência Social e Previdência e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), representada pelos deputados Dr. Leonardo e Jajah Neves (PSDB), iniciaram um plano de atividades para fiscalizar diversas unidades de saúde em todo o Estado para ouvir as demandas dos diretores e traçar soluções a serem desenvolvidas pelos poderes legislativo e executivo. “Estamos deixando de ter aquela maneira estática das comissões e estamos partindo in loco para ver as situações”, explicou o médico parlamentar.

Na ocasião de visita ao PSM, os deputados se depararam com a situação já conhecida por todos: falta de estrutura e superlotação. Pacientes em corredores, nas cadeiras e no chão, sendo que 60% se trata da especialidade de ortopedia. Conforme o médico, a maior parte dos casos não deveria, sequer, passar pela unidade, sendo que boa parcela dos pacientes foram transferidos de hospitais do interior.

“Tem muito o que se avançar”, observou o médico. Ele destacou que até mesmo certos casos cirúrgicos que estão na fila do procedimento deveriam ser resolvidos no interior, por serem considerados de baixa complexidade. “É humanamente impossível atender a todos”, manifestou.

Atualmente, o Pronto Socorro atende cerca de 120 pacientes nos corredores. A secretária-adjunta Maria Salete Ribeiro, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reforçou que o PSM é a maior unidade de “portas abertas” de Mato Grosso, e, por isso, não deixa de atender a nenhum paciente que “bate na porta”. No entanto, a estrutura do local não suporta a todos. “É o que temos, é o que podemos fazer”, ponderou.

O médico parlamentar aproveitou para destacar que o problema no atendimento da Capital só irá se resolver após a implantação de ações para as unidades de saúde do interior. “O Estado precisa criar urgentemente políticas públicas bem definidas, criar hospitais regionais. Cuiabá é a única Capital que não tem um hospital regional”, disse.

Conforme o médico, implementando a rede hospitalar do interior, não haverá necessidade de casos menores serem encaminhados até a Capital, o que melhora o fluxo. 

Após a visita técnica, a representante da unidade de saúde entregou para a Comissão de Saúde um relatório, elaborado pela unidade, com dados e demandas. Segundo a médica, a Pronto Socorro já teve avanços tímidos, mas ainda tem muito a melhorar.

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