O bebê de um ano e 11 meses que foi internado na Santa Casa de Misericórdia após se engasgar com um pedaço de bolo, e que também foi vítima de maus-tratos, recebeu alta neste final de semana da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde estava hospitalizado desde o último domingo (12). Agora, o menino segue em tratamento no mesmo hospital, na Ala Pediátrica.
De acordo com a equipe médica, I.G saiu da UTI no sábado (18) desde que apresentou uma melhora em seu quadro de saúde. Ele respirava por aparelhos e tomava adrenalina para reanimar.
Por enquanto, apenas as conselheiras do Conselho Tutelar permanecem revezando em escala de plantão para cuidar da criança, visto que a mãe e o padrasto foram proibidos de chegar perto do menino por causa das agressões apresentadas.
O boletim médico confirmou que I.G. teve fraturas na coluna, fêmur, coxa, clavícula, lesões abdominais e um corte profundo no queixo, além de apresentar pernas roxas e inchadas. Porém, o menino só foi parar no hospital porque ele se engasgou com um pedaço de bolo na manhã de domingo (12).
Caso de polícia
No primeiro depoimento à Polícia Civil, a mãe de I.G, que teve a identidade preservada, afirmou que as agressões foram cometidas pelo padrasto e ainda que ela havia sido ameaçada por ele. Porém o caso mudou.
Em seu segundo depoimento, a delegada da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Ana Paula Campos, afirmou ao HiperNotícias que a mãe mudou o depoimento nesta semana alegando que mentiu e que seu companheiro seria inocente.
“Com base dos depoimentos que já tive das conselheiras, familiares da própria mãe e do padrasto os dois são culpados e devem responder criminalmente. Primeiro que a mãe já mentiu de um depoimento para o outro. Agora, a pena e como essa criança foi agredida depende do laudo pericial”, afirmou.
Caso
“O fato do bolo foi confirmado, porém temos outras situações bem piores. A criança não corre mais risco de morte. A mãe foi conivente ao erro e negligente ao cuidar do filho. Houve espancamento. Como ela poderia manter o menino quebrado todos esses dias dentro de casa sem levá-lo ao médico? Quer dizer que ela deixaria ele morrer e a gente saberia do caso somente dessa forma? Mas, o bom é que essa criança conseguiu ser atendida antes e apesar de permanecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, não corre risco de morrer”, concluiu a conselheira.
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