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Cidades Sexta-feira, 09 de Junho de 2017, 14:37 - A | A

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Sexta-feira, 09 de Junho de 2017, 14h:37 - A | A

BEBÊ MORREU APÓS 5 DIAS

CRM investiga médico acusado de tratar grávida com violência

JESSICA BACHEGA

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu uma sindicância para apurar a conduta do médico Jarbes Balieiro Damasceno, acusado de agir com violência e descaso durante o parto de uma gestante em Cáceres (distante 230km de Cuiabá). O bebê morreu cinco dias após o nascimento. Caso seja comprovada a negligência do profissional ele poderá perder seu registro.

 

Marcus Vaillant

maria de fatima crm

 Presidente do CRM, Maria de Fátima Ferreira

A presidente do CRM, Maria de Fátima Ferreira, explicou que após o recebimento da denúncia contra o médico e das inúmeras reportagens publicadas na imprensa foi aberta a apuração para averiguar se Damasceno agiu de forma inadequada no exercício da profissão.

 

“Um grupo irá analisar a conduta, recolher provas e ouvir os envolvidos. Dando a oportunidade para o médico de defender também. Caso ele seja culpado pode perder a licença de exercer a profissão, que é a penalidade máxima”, ressalta a presidente do conselho.

 

Conforme explicou, o processo tramita em sigilo e as penalidades atribuídas ao médico, sendo culpado, variam entre cinco alíneas, sendo A e B as mais brandas, representadas por aviso confidencial e a mais severa, a E, com a cassação do direito do exercício profissional. O julgamento é feito por onze conselheiros. 

 

Esta é a primeira apuração que o CRM realiza contra o profissional e denúncias desta natureza não são comuns, como confirmou a presidente Maria de Fátima.

 

O caso

No início da semana veio à tona a denúncia da gestante Rosa Maria Martins Pires, 27 anos, que teve seu parto realizado pelo médico Jarbas Baliero, no Hospital São Luiz, em Cáceres. 

 

Ela chegou a unidade no dia 29 de maio para o parto. A mãe relata que pediu ao médico que realizasse uma cesariana, pois temia o parto normal. “Mas ele disse que eu estava dilatando bem e que seria normal. Falou comigo com grosseria”.

 

A jovem permaneceu 12 horas em trabalho de parto até que, à noite, o neném começou a nascer. “Eu passei a mão e senti a cabeça do neném”, lembra emocionada.

 

As enfermeiras foram chamadas e examinaram a gestante. Logo em seguida o médico obstetra chegou a sala e tentou realizar o parto. 

 

Rosa Maria lembra que o bebê não queria sair, por mais que ela fazia forças o filho não nascia. “Ele ficava falando que eu não estava ajudando. Que eu não queria que meu filho nascesse. Então ele apertou minha barriga e eu senti a mão dele arrancando a criança de lá de dentro”.

 

A mãe conta que quando se levantou para olhar a filha, ela estava imóvel e não chorou. A criança, que receberia o nome de Vitória, permaneceu internada por cinco dias, mas morreu na segunda-feira (5).

 

O pai da criança, Roni Willian Cuybano do Couto, registrou a certidão de nascimento e óbito ao mesmo tempo. “Você quer registrar sua filha para levar para casa, não para levar para o cemitério”, lamenta indignado o pai.

 

“Me sinto arrasada. Não dá para explicar o que eu sinto neste momento”, declara a paciente.

 

Outro lado

O médico negou que tenha agido com truculência e que tenha xingado a paciente. Informou ainda que todos os procedimentos realizados foram adequados.

 

Após o episódio, o médico foi afastado das suas funções no Hospital São Luiz, que também abriu sindicância para apurar a conduta do profissional.

 

A morte da menina Vitória está sendo investigada, também, pela Polícia Civil.

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