Cerca de 200 policiais de Mato Grosso devem se reunir com representantes de todo o Brasil, em Brasília, para protestar contra a Reforma da Previdência que aumenta em dez anos a idade mínima para aposentadoria dos policiais. O ato ocorrerá nesta quarta-feira (08), na Praça das Bandeiras, na capital federal.
Alan Cosme/HiperNoticias
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia (SINDEPO), Wagner Bassil, relatou que após protesto em Cuiabá houve abertura para negociações contra o nivelamento da idade de aposentadoria para toda a população.
De acordo com a proposta da Reforma da Previdência encaminhada ao Congresso Nacional, os policiais civis e federais passarão a ser submetidos à regra de idade mínima de 65 anos e de, pelo menos, 25 anos de contribuição.
“A expectativa de vida de um policial é menor que a do cidadão comum devido às condições em que eles estão expostos. A média de vida de um policial é de 64 anos. Ele vai morrer antes de se aposentar, caso seja aprovada esta reforma”, enfatiza o delegado.
Conforme o presidente, com a atual Lei da Previdência o policial pode se aposentar com 55 anos em média, levando em conta que ele tenha 30 anos de contribuição.
“Isso representa um prejuízo também para a população. A criminalidade é jovem e os policiais estarão velhos no combate aos delitos. Não há condições de ter um policial com 65 anos na rua”, alerta.
Segundo Bassil, a reforma vai na contramão do que é praticado nos países desenvolvidos onde os policiais se aposentam com idade máxima de 55 anos.
Além dos delegados civis, irão reforçar o protesto delegados federais e policiais rodoviários federais.
Reforma da previdência
De acordo com o projeto de reforma, todos os trabalhadores, homens e mulheres, só poderão se aposentar após os 65 anos. Isso não se aplica somente aos militares.
Para garantir uma aposentadoria integral, o trabalhador deve ter trabalhado por, no mínimo, 49 anos. O prazo mínimo de contribuição para a previdência social será elevado de 15 anos para 25 anos.
Policiais militares ficaram fora da reforma porque eles não se “aposentam”. Eles entram para a reserva e podem ser chamados para as atividades a qualquer momento.
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