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Cidades Sábado, 13 de Maio de 2017, 08:48 - A | A

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Sábado, 13 de Maio de 2017, 08h:48 - A | A

DESCASO

Cemitério incomoda moradores e dá abertura para vândalos

CAMILLA ZENI

O Cemitério Municipal do Despraiado está jogado às traças, literalmente. O local, que existe na região há cerca de 10 anos, recebe os visitantes com grandes buracos nos muros e um portão que fica sempre aberto, convidando, também, os maus intencionados à adentrarem o espaço. A indignação dos moradores da região, além daqueles que possuem amigos e familiares enterrados na necrópole, é grande.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

cemitério do despraiado

População se indigna com situação de cemitério municipal 

A reportagem do HiperNotícias esteve no local durante a semana para conferir a situação. Uma vez do lado de dentro, o mato alto e o lixo acumulado nos receberam. Pratos e garrafas, indicando que a área foi utilizada para rituais religiosos, estavam espalhados em diversos pontos. O desrespeito acontece também com os próprios mortos, cujas sepulturas foram quebradas. Ossos expostos encontrados no centro do cemitério enfatizam o descaso da administração.

 

O senhor Raimundo Aguiar de Almeida, de 57 anos, conhecido na região como “seu Mazinho”, é pedreiro e foi responsável por fazer a maioria das sepulturas do local. Morador do bairro há mais de 20 anos, ele se entristece em ver a situação do cemitério. Segundo ele, o único momento em que a necrópole recebe atenção da prefeitura é na semana dos finados. “Eles vêm, cortam o matagal, ajeitam as coisas, até pintam, colocam tendas e banheiro químico. Depois disso, nunca mais”, comentou.

 

No cemitério, à esquerda do portão de entrada, há uma cabana que era usada como capela. No entanto, o local não possuía a estrutura mínima necessária para funcionar. Até mesmo a água para lavar as mãos teve que ser providenciada pela população.

 

A situação é favorável para os vândalos e usuários de drogas, que encontram um local “sem perturbação” para se abrigarem. Além deles, outros visitantes indesejados incomodam os vizinhos. “São cobras e mais cobras que aparecem. Cansei de matar”, nos contou seu Mazinho. A preocupação se torna cada vez maior conforme as crianças procuram o espaço para brincar. O muro, quebrado pela força de uma ventania, é a passagem utilizada pelos pequenos, que adentram a necrópole para brincar de esconde-esconde ou soltar pipa.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

cemitério do depraiado

 

Evanice Silva, de 57 anos, é esposa de seu Mazinho, e é mãe e avó. Além da preocupação com as crianças, outra situação lhe tira o sossego: as queimadas. “Às vezes esse mato pega fogo e aí ninguém aguenta”, comentou, já se lamentando pelo próximo mês de agosto, quando o índice de queimadas aumenta em razão da estiagem.

 

Segundo a moradora, quando o antigo presidente de bairro ainda era vivo, era possível encontrar o cemitério bem cuidado em alguns momentos. “Ele se preocupava em cuidar do mato, e mandou ver quanto custava para arrumar o muro”, disse. “Rocky”, como era conhecido, já trabalhou na prefeitura e chegou a ser candidato a vereador. Ele morreu há um ano.

 

“Esse nosso cemitério está jogado mesmo. Abandonado”, se indignou seu Mazinho. Para ele, enquanto a prefeitura não disponibilizar uma pessoa para cuidar do local, um caseiro, a situação não irá mudar.

  

Apesar do cenário de abandono, o cemitério municipal continua ativo, realizando sepultamentos. Para enterrar um corpo no local, basta pegar uma autorização com o presidente de bairro ou o Cemitério Nossa Senhora da Piedade, no centro de Cuiabá.

 

A reportagem, então, procurou a Prefeitura de Cuiabá pedindo um posicionamento sobre a situação encontrada pela equipe. Em nota, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos informou que não tinha conhecimento do estado atual do cemitério, onde foram encontradas ossadas ao chão. Já em relação ao matagal informou que uma equipe será encaminhada para fazer a limpeza do local.

 

A secretaria reforçou que a situação das sepulturas não está em sua alçada, uma vez que é de responsabilidade dos familiares sua manutenção. Eles afirmaram, ainda, que um coveiro é mantido pela Prefeitura para atuar diariamente no local, e reiteraram o respeito aos mortos e familiares e que, por isso, não ficaria sem tomar uma providência diante dos fatos.

 

Confira a mensagem na íntegra:

 

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos informa que desconhece a situação de descaso relatada, onde ossadas foram encontradas no chão. Referente a quantidade de mato, a pasta destaca que já determinou que uma equipe fosse encaminhada para o local, a fim de realizar o serviço de limpeza. Sobre as sepulturas, a Secretaria ressalta que a manutenção é de responsabilidade dos familiares e afirma ainda que mantém um coveiro diariamente no cemitério com o objetivo de que o mesmo trabalhe na manutenção básica.

 

Por fim, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos reitera seu respeito à memória daqueles que partiram e também aos sentimentos dos parentes que ficaram, por conta disso, reafirma que jamais permitiria que tal situação acontecesse sem tomar nenhuma providência.

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Álbum de fotos

Alan Cosme/HiperNoticias

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