A situação da MT-130 que liga Paranatinga (distante a 411 km de Cuiabá) até o Distrito de Santiago do Norte está bastante caótica. Desde o fim de semana, caminhoneiros, motoristas de carros e ônibus estão ilhados na região e para se locomover precisam alugar tratores com correntes para ajudar a desatolarem. Tem motorista que ficou mais de 24 horas sem condições de sair e entrar na cidade.
Internauta
Pelas imagens encaminhadas por internautas à redação do HiperNotícias é possível constatar que vários caminhões de carga estão inclinados na rodovia ‘atolados em cima de buracos e lamas’. Inclusive, algumas das cargas são de alimentos não perecíveis que pode não estar mais adequado para consumo.
No final de semana, por exemplo, foi necessário o uso de tratores e cabos de aço para ajudar na retirada dos veículos que ficaram na pista.
A situação está idêntica da BR-163, no Estado do Pará, que ficou intransitável depois das fortes chuvas que caíram na região. Por causa dos buracos e a pista cheia de lama, o escoamento da safra de soja e milho de Mato Grosso foi prejudicado. Cerca de cinco mil caminhões carregados, que seguiam para os portos paraenses do Arco Norte, ficaram parados e foi necessário encaminhar alimentos água para quem ficou no local.
Lenil Santana que utilizava a rodovia todos os dias, afirmou que esta situação não é de agora. “Vem ano e acaba ano e a rodovia sempre fica assim. Já reclamamos mais se depender das autoridades nós não vamos mais usar esse local”, reclamou.
Já Edilson Santana contou que já passou muitas vezes na seca na MT-130 na época da seca e era difícil. Atualmente pode-se imaginar como está no período chuvoso.
“São pelo menos 200 km de atoleiro. Coitado de quem está nesse local sem água e comida”, finalizou.
Internauta
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) explicou por meio de nota que a rodovia MT-130 não começa na região onde a população reclama, mas que o pior trecho deste local é entre Primavera e Paranatinga onde já foi reconstruído pelo estado.
Já o trecho que liga Paranatinha a Santiago do Norte o Governo do Estado está tentando um convênio com associações de beneficiários locais para dar manutenção adequada. Porém, com as constantes chuvas que têm caída acima da médica, o fator climático acaba atrapalhando o andamento das obras.
“Em dois anos de gestão, o governo conseguiu um repasse de mais de R$ 500 milhões do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para todos os 141 municípios, o que significa que a prefeitura local também deveria fazer os reparos necessários nas rodovias não pavimentadas e pontes de até 12 metros. Porém, ainda não foram iniciados esses reparos”, diz trecho da nota.
Internauta
Outra situação apontada pela secretaria que também sofre problemas estruturais seria o trecho que liga até a comunidade de Sete Placas. “Nessa região, o Estado também já está tomando providência e já iniciou uma licitação como uma empresa para pavimentar os outros 45 km antigos”, concluiu.
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