A bebê que teve agulhas introduzidas no crânio continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis e sem previsão de alta.
Reprodução
A criança de três meses está na unidade desde o dia 13 de dezembro e ainda não foi possível fazer a retirada das três agulhas alojadas no abdômen e crânio da criança.
De acordo com o boletim médico divulgado no início da noite desta segunda-feira (2), a bebê foi submetida a uma cirurgia, neste fim de semana, para tentativa de retirada da agulha alojada no abdômem, mas sem sucesso.
Conforme informações da assessoria de imprensa do hospital, uma nova cirurgia para a retirada dos objetos estranhos presentes na cabeça da criança está descartada, por enquanto, visto que o cérebro da criança continua inchado.
A menor respira sem ajuda de aparelhos e se alimenta normalmente. Ela está sob rigorosa observação e aguardando novas intervenções médicas.
A criança chegou ao hospital com sinais de maus tratos e está sob a guarda do Conselho Tutelar que irá definir o destino da criança após receber alta.
A menor residia em São Pedro da Cipa, cidade entre Rondonópolis e Jaciara, quando houve a denúncia dos maus tratos. Ela ficou internada no Hospital de Jaciara até ser transferida para a Santa Casa, onde chegou com os braços e pernas roxos e com sinais de maus tratos.
A Políci Civil de Jaciara acredita que a menina foi submetida a ritual religioso, no qual foram inseridas as agulhas em seu corpo.
Quatro pessoas foram presas suspeitos de participarem do ritual. O pai da criança Wellinton de Jesus Costa, 28, acusado de ter recebido R$ 250 para ceder o bebê para o ritual realizado por Iraci Queiroz dos Santos, 42 anos, conhecida como “Baiana” que também foi presa. Também foram detidos Débora Queiroz dos Santos e Ricardo César dos Santos acusados de participar do ritual.
A mãe da criança é menor e foi encaminhada para centro socioeducativo. Além da bebê ela também tem um menino de dois anos e há investigações para se apurar se ele também sofre maus tratos.
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